M A S F R A Z Ã O
Educação, política, meio ambiente, econômia. Uma vírgula nos debates!
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
A pecadora aos pés de Jesus - Lc 7,36-50
Um fariseu convidou Jesus para jantar. Ele entrou na casa do fariseu e sentou-se à mesa. Havia na cidade uma mulher que era pecadora. Quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro, cheio de perfume, postou-se atrás, aos pés de Jesus e, chorando, lavou-os com suas lágrimas. Em seguida, enxugou-os com os seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Ao ver isso, o fariseu que o tinha convidado comentou: “Se este homem fosse profeta, saberia quem é a mulher que está tocando nele: é uma pecadora!” Então Jesus falou: “Simão, tenho uma coisa para te dizer”. Ele respondeu: “Fala, Mestre”. “Certo credor”, retomou Jesus, “tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, e o outro cinquenta. Como não tivessem com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Aquele ao qual perdoou mais”. Jesus lhe disse: “Julgaste corretamente”. Voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Estás vendo esta mulher? Quando entrei na tua casa, não me ofereceste água para lavar os pés; ela, porém, lavou meus pés com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Não me beijaste; ela, porém, desde que cheguei, não parou de beijar meus pés. Não derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com perfume. Por isso te digo: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, pois ela mostrou muito amor. Aquele, porém, a quem menos se perdoa, ama menos”. Em seguida, disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados”. Os convidados começaram a comentar entre si: “Quem é este que até perdoa pecados?” Jesus, por sua vez, disse à mulher: “Tua fé te salvou. Vai em paz!”
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem
Manuel Bandeira
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem
Manuel Bandeira
Como é difícil nos aproximarmos das pessoas que mais pecam.
Um bêbado, que te aborda na rua pedindo um trocado. Ou que fica ali nas ruas junto com tantos iguais e que não conseguimos nem olhar e se olhamos ou desdenhamos ou apenas lamentamos.
Um drogados que enche as páginas policiais, roubando, matando, fazendo a família sofrer ou sendo morto por dívidas e o nosso comportamento não é diferente.
Ou mulheres, homens e homossexuais que se prostituem nas ruas, bordeis, etc.
Ou o que dizer de maridos e mulheres que se traem ...
Oportunizarmos de pessoas ingenuas, ou nos apoderarmo-nos do alheio e aí dizer: "Achado não é roubado, quem perdeu é desleixado".
Falar de Deus, fala de Jesus Cristo, ser chamado e chamar de irmão o próximo (mais apenas os bem próximos ou com segundas intenções) não é vivenciar o cristianismo. É ser hipócrita, como o fariseu na passagem de Lucas 7, 36-50.
Precisamos mais aprendermos a ser CRISTÃOS. Jesus Cristo bem que tentou dando-nos exemplos. Paulo de Tarso também, mas as nossas igrejas de hoje, nossos pregadores preferem ficar apenas no superficial - leituras e falas exaltadas dos textos bíblicos, carregadas de emoção sob fundos musicais sensacionais, mas prática que é bom... nada.
Chorar não basta para o Cristianismo! É preciso pastorar-nos! Ser missionário, torná-se discípulo de Cristo.
Ser Cristão não é apenas ir à igreja, mas é torna-se exemplo de Cristo na prática do dia-a-dia - nas ruas, em casa, no trabalho e até na igreja, assim como podemos ler nos evangelhos de Cristo.
Sejamos Cristãos de alma e de corpo. Deixamo-nos ser preenchido pelo Espírito Santo de DEUS!
Um drogados que enche as páginas policiais, roubando, matando, fazendo a família sofrer ou sendo morto por dívidas e o nosso comportamento não é diferente.
Ou mulheres, homens e homossexuais que se prostituem nas ruas, bordeis, etc.
Ou o que dizer de maridos e mulheres que se traem ...
Oportunizarmos de pessoas ingenuas, ou nos apoderarmo-nos do alheio e aí dizer: "Achado não é roubado, quem perdeu é desleixado".
Falar de Deus, fala de Jesus Cristo, ser chamado e chamar de irmão o próximo (mais apenas os bem próximos ou com segundas intenções) não é vivenciar o cristianismo. É ser hipócrita, como o fariseu na passagem de Lucas 7, 36-50.
Precisamos mais aprendermos a ser CRISTÃOS. Jesus Cristo bem que tentou dando-nos exemplos. Paulo de Tarso também, mas as nossas igrejas de hoje, nossos pregadores preferem ficar apenas no superficial - leituras e falas exaltadas dos textos bíblicos, carregadas de emoção sob fundos musicais sensacionais, mas prática que é bom... nada.
Chorar não basta para o Cristianismo! É preciso pastorar-nos! Ser missionário, torná-se discípulo de Cristo.
Ser Cristão não é apenas ir à igreja, mas é torna-se exemplo de Cristo na prática do dia-a-dia - nas ruas, em casa, no trabalho e até na igreja, assim como podemos ler nos evangelhos de Cristo.
Sejamos Cristãos de alma e de corpo. Deixamo-nos ser preenchido pelo Espírito Santo de DEUS!
Lendo nas entre linhas - Uma seqüência de reportagem só para pensar.
A decisão correta de Dilma - Jornalista Josias de Souza
Dilma fez bem, Obama não deixou alternativa
As grandes ofensas têm um efeito perverso. Se o ofendido não reage, um dia acaba merecendo. O adiamento da viagem de Estado que Dilma Rousseff faria aos EUA em 23 de outubro é um gesto grave, muito grave, gravíssimo. Mas ainda é menor do que a afronta que o provocou. Barack Obama não deixou alternativas à colega brasileira.
A visita de Dilma seria espetaculosa, com direito a baile de gala na Casa Branca. Depois que se soube do grampeamento das comunicações nacionais, incluindo as da própria presidente e as da Petrobras, se Dilma fosse trocar beijinhos com Obama e bailar nos salões de Washington, bastaria se conservar agachada para ser considerada uma mandatária de grande altivez.
A decisão de Dilma foi formalizada em nota. O texto realça: “O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua.” Mais adiante, enfatiza: “As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos.”
Na sequência, informa: “Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada.”
...
Só uma alma ingênua acreditaria que a máquina de espionar dos EUA vai retirar os seus olhos do Brasil. Mas a diplomacia exige um mínimo de preservação das aparências. O gesto de Dilma, bem calculado, não se confunde com os tremeliques antiamericanos dos vizinhos venezuelanos e bolivianos. A resposta demorou quase três meses. A combinação da indignação com a inação já comprometia a seriedade da cena.
...
Menos de 48 horas depois do retorno do doutor Cardozo a Brasília, veio à luz a notícia de que a própria Dilma e seus auxiliares foram alvos diretos da espionagem americana. Embora tivesse motivos, a presidente brasileira absteve-se de rodar a baiana em público. Encontraria Obama na Rússina, na reunião do G20. Combinaria com ele que, criadas as condições políticas, a viagem a Washington seria mantida.
...
Os EUA espionam e não têm intenção de parar. O Brasil continuará sendo um bisbilhotado indefeso. Mas Dilma sinalizou que não aceita fazer papel de boba.
In: http://www.hiroshibogea.com.br/?p=24192. Acesso TERÇA-FEIRA , 2013, 18:19
Americana Chevron anuncia que não irá participar de leilão do pré-sal
Gigantes petroleiras Exxon, BP e BG também estão fora do leilão de Libra.
11 empresas pagaram taxa para participar da licitação, segundo ANP.
Do G1, em São Paulo
A petrolífera americana Chevron informou nesta quinta-feira (19), em comunicado, que também decidiu não participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, marcado para 21 de outubro.
"A empresa continua a valorizar seu relacionamento com o Brasil e quer ser parceira do pís no desenvolvimento de seu potencial como uma superpotência energética", afirmou a Chevron em nota.
Outras três gigantes intermacionais do setor petroleiro – a norte-americana Exxon Mobil e as britânicas BP e BG – também estão fora do leilão, segundo informou nesta quinta a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
In: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/americana-chevron-anuncia-que-nao-ira-participar-de-leilao-do-pre-sal.html. Acesso em 19/09/2013 18h28 - Atualizado em 19/09/2013 21h16
ANP divulga relação de 11 empresas interessadas em leilão do pré-sal
Gigantes Exxon, Chevron, BP e BG estão fora do leilão de Libra.
Empresas interessadas ainda terão que passar por processo de habilitação.
Do G1, em São Paulo
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira (19) a relação das 11 empresas, incluindo a Petrobras, que pagaram a taxa para poder participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, marcado para 21 de outubro.
A ANP destaca que as empresas interessadas no leilão ainda terão que passar por um processo de habilitação para participar da licitação. O prazo para pagamento da taxa, de pouco mais de R$ 2 milhões, terminou na quarta-feira.
Confira a lista das 11 empresas que pagaram a taxa de participação:
- CNOOC International Limited (China)
- China National Petroleum Corporation (CNPC) (China)
- Ecopetrol (Colômbia)
- Mitsui & CO (Japão)
- ONGC Videsh (Índia)
- Petrogal (Portugal)
- Petrobras (Brasil)
- Petronas (Malásia)
- Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa)
- Shell (Anglo-Holandesa)
- Total (Francesa)
In: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/anp-divulga-relacao-de-11-empresas-interessadas-em-leilao-do-pre-sal.html. Acesso 19/09/2013 às 23:03hs
_____________________________________________________________________
Apimentando:
Como podemos ver, nas duas ultima reportagens nenhuma Empresa Americana está disposta a disputar o pré-sal brasileiro e junto com eles seus fiéis amigos os Ingleses (seus pais colonizadores). Saberão eles de alguma coisa sobre o pré-sal brasileiro advindo de suas espionagens? Estão jogando com o mercado financeiro internacional, com o petróleo a moeda mais cara e importante do mundo capitalista? Ou tudo isto é somente mais uma página do longo controle norte americano dos poços internacionais de petróleo, assim como sempre fez a qualquer custo: espionagens, guerras, controles de governos, religiões, mídias, etc.
Pensem a vontade, mas não deixem de pensar no essencial.
Há do pré-sal a educação brasileira terá 75% dos royalties, podendo chegar a 10% do PIB, mais de 500 milhões só para 2013, porém descobriram uma fraude nos votos do congresso, o voto de um deputado, que estava viajando, foi computado.
Dilma fez bem, Obama não deixou alternativa
As grandes ofensas têm um efeito perverso. Se o ofendido não reage, um dia acaba merecendo. O adiamento da viagem de Estado que Dilma Rousseff faria aos EUA em 23 de outubro é um gesto grave, muito grave, gravíssimo. Mas ainda é menor do que a afronta que o provocou. Barack Obama não deixou alternativas à colega brasileira.
A visita de Dilma seria espetaculosa, com direito a baile de gala na Casa Branca. Depois que se soube do grampeamento das comunicações nacionais, incluindo as da própria presidente e as da Petrobras, se Dilma fosse trocar beijinhos com Obama e bailar nos salões de Washington, bastaria se conservar agachada para ser considerada uma mandatária de grande altivez.
A decisão de Dilma foi formalizada em nota. O texto realça: “O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua.” Mais adiante, enfatiza: “As práticas ilegais de interceptação das comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo brasileiro constituem fato grave, atentatório à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência democrática entre países amigos.”
Na sequência, informa: “Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington – e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação – não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada.”
...
Só uma alma ingênua acreditaria que a máquina de espionar dos EUA vai retirar os seus olhos do Brasil. Mas a diplomacia exige um mínimo de preservação das aparências. O gesto de Dilma, bem calculado, não se confunde com os tremeliques antiamericanos dos vizinhos venezuelanos e bolivianos. A resposta demorou quase três meses. A combinação da indignação com a inação já comprometia a seriedade da cena.
...
Menos de 48 horas depois do retorno do doutor Cardozo a Brasília, veio à luz a notícia de que a própria Dilma e seus auxiliares foram alvos diretos da espionagem americana. Embora tivesse motivos, a presidente brasileira absteve-se de rodar a baiana em público. Encontraria Obama na Rússina, na reunião do G20. Combinaria com ele que, criadas as condições políticas, a viagem a Washington seria mantida.
...
Os EUA espionam e não têm intenção de parar. O Brasil continuará sendo um bisbilhotado indefeso. Mas Dilma sinalizou que não aceita fazer papel de boba.
In: http://www.hiroshibogea.com.br/?p=24192. Acesso TERÇA-FEIRA , 2013, 18:19
Americana Chevron anuncia que não irá participar de leilão do pré-sal
Gigantes petroleiras Exxon, BP e BG também estão fora do leilão de Libra.
11 empresas pagaram taxa para participar da licitação, segundo ANP.
Do G1, em São Paulo
A petrolífera americana Chevron informou nesta quinta-feira (19), em comunicado, que também decidiu não participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, marcado para 21 de outubro.
"A empresa continua a valorizar seu relacionamento com o Brasil e quer ser parceira do pís no desenvolvimento de seu potencial como uma superpotência energética", afirmou a Chevron em nota.
Outras três gigantes intermacionais do setor petroleiro – a norte-americana Exxon Mobil e as britânicas BP e BG – também estão fora do leilão, segundo informou nesta quinta a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.
In: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/americana-chevron-anuncia-que-nao-ira-participar-de-leilao-do-pre-sal.html. Acesso em 19/09/2013 18h28 - Atualizado em 19/09/2013 21h16
ANP divulga relação de 11 empresas interessadas em leilão do pré-sal
Gigantes Exxon, Chevron, BP e BG estão fora do leilão de Libra.
Empresas interessadas ainda terão que passar por processo de habilitação.
Do G1, em São Paulo
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira (19) a relação das 11 empresas, incluindo a Petrobras, que pagaram a taxa para poder participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, marcado para 21 de outubro.
A ANP destaca que as empresas interessadas no leilão ainda terão que passar por um processo de habilitação para participar da licitação. O prazo para pagamento da taxa, de pouco mais de R$ 2 milhões, terminou na quarta-feira.
Confira a lista das 11 empresas que pagaram a taxa de participação:
- CNOOC International Limited (China)
- China National Petroleum Corporation (CNPC) (China)
- Ecopetrol (Colômbia)
- Mitsui & CO (Japão)
- ONGC Videsh (Índia)
- Petrogal (Portugal)
- Petrobras (Brasil)
- Petronas (Malásia)
- Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa)
- Shell (Anglo-Holandesa)
- Total (Francesa)
In: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/09/anp-divulga-relacao-de-11-empresas-interessadas-em-leilao-do-pre-sal.html. Acesso 19/09/2013 às 23:03hs
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Apimentando:
Como podemos ver, nas duas ultima reportagens nenhuma Empresa Americana está disposta a disputar o pré-sal brasileiro e junto com eles seus fiéis amigos os Ingleses (seus pais colonizadores). Saberão eles de alguma coisa sobre o pré-sal brasileiro advindo de suas espionagens? Estão jogando com o mercado financeiro internacional, com o petróleo a moeda mais cara e importante do mundo capitalista? Ou tudo isto é somente mais uma página do longo controle norte americano dos poços internacionais de petróleo, assim como sempre fez a qualquer custo: espionagens, guerras, controles de governos, religiões, mídias, etc.
Pensem a vontade, mas não deixem de pensar no essencial.
Há do pré-sal a educação brasileira terá 75% dos royalties, podendo chegar a 10% do PIB, mais de 500 milhões só para 2013, porém descobriram uma fraude nos votos do congresso, o voto de um deputado, que estava viajando, foi computado.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Espionagem da VALE.
Pública: Vale possui estrutura de espionagem contra movimentos sociais
A mineradora Vale possui uma grande estrutura de espionagem contra sindicatos, Ongs e movimentos sociais. É o que releva uma detalhada matéria da jornalista Marina Amaral, publicada pela Agência Pública.
A “área de vigilância e inteligência da Vale S.A” espiona e infiltra agentes em atividades dos movimentos sociais em pelo menos cinco estados: Pará, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
André Luis Costa de Almeida, que trabalhou durante oito anos nos serviços de espionagem da mineradora, revela na matéria que a Vale paga propina a funcionários públicos da Polícia Federal e órgãos da Justiça em São Paulo para obter apoio às “investigações internas” da empresam, chegando a quebrar o sigilo bancário e fiscal de funcionários e diretores da empresa, uso de grampos telefônicos contra jornalista e montagem de dossiês contra políticos e lideranças de movimentos sociais e sindicais.
Leia tudo: Vazamento de informações expõe espionagem da Vale
Refletindo no circulo bíblico - Comuidade São Pedro e São Paulo
Coríntios Cap. 6, "9. Tidos por impostores, somos, no entanto, sinceros; por desconhecidos, somos bem conhecidos; por agonizantes, estamos com vida; por condenados e, no entanto, estamos livres da morte.
10. Somos julgados tristes, nós que estamos sempre contentes; indigentes, porém enriquecendo a muitos; sem posses, nós que tudo possuímos!"
Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/ii-corintios/6/#ixzz2fHYWpWHQ
Cantemos:
A ti meu Deus - Pe.Zezinho
A ti meu deus
Elevo meu coração
Elevo as minhas mãos
Meu olhar, minha voz
A ti meu Deus eu quero oferecer
Meus passos e meu viver
Meu caminhos, meu sofrer
(Refrão)
A tua ternura Senhor vem me abraçar
E a tua bondade infinita me perdoar
Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração
Eu quero sentir o calor de tuas mãos
A ti meu Deus
Que és bom e que tens amor
Ao pobre, ao sofredor
Vos servir, esperar
Em ti Senhor
Humildes se alegrarão
Cantando a nossa canção
De esperança e de paz
(Refrão)
Reflexão
Viver a simplicidade, na humildade não é ser a escoria da sociedade como quer que pensemos o modismo social.
Viver um dia a cada dia como se fosse o ultimo, degustando cada momento que Deus nos permite, com tudo e todos ao nosso redor é o verdadeiro sentido da Vida.
Eu quero hoje e agora aprender os ensinamentos de simplicidade e humildade de Jesus.
Meu Deus dai-me essa graça sempre!
Acidentes automobilísticos assolam Parauapebas: Sonho de uma felicidade que se torna pesadelo.
Acidente no ultimo fim de semana em Parauapebas. Quatro vitimas na já considerada estrada da morte e as autoridades?!?!?!
Onde reside a felicidade?
No ter, ou no ser?
Motos, carros que significam no ideário popular sinônimo de felicidade roubam sonhos antes, durante e muitas vezes depois...
Desemprego preocupa Parauapebas
O fantasma do desemprego que, vez por outra, apavora famílias dependentes de atividades sazonais, começou a fazer rodeios em Parauapebas.
Alguns acampamentos em fase de desativação de empresas terceirizadas da Vale, por conta do vencimento de contratos para a implantação do Projeto Mais 40, são os responsáveis pela nova onda de rescisões trabalhistas.
A fila é grande.
O Projeto Mais 40, implantado em Carajás, agora em fase de operação, consumiu margem expressiva de mão de obra. Com ele, a mineradora passa a produzir 140 milhões de toneladas de minério de ferro.
Enquanto a Vale não coloca em ignição nova etapa para implantação do projeto que pretende atingir a produção de 230 milhões de toneladas de minério, reativando temporada de contratações de empresas, Parauapebas vai conviver com amontoados de pessoas distribuindo currículos de porta em porta.
E enquanto isso em Canaã dos Carajás o movimento de desempregados só cresce e o SINE não possui tanta vagas para desempregados de toda a região. Caos social nas cidades de grandes projetos.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
QUE TIPO DE PAPA?
As tensões internas da Igreja atual
Leonardo Boff*
Não me proponho apresentar uma balanço do pontificado de Bento XVI, coisa que foi feito com competência por outros. Para os leitores talvez seja mais interessante conhecer melhor uma tensão sempre viva dentro da Igreja e que marca o perfil de cada papa. A questão central é esta: qual a posição e a missão da Igreja no mundo?
Antecipamos dizendo que uma concepção equilibrada deve assentar-se sobre duas pilastras fundamentais: o Reino e o mundo. O Reino é a mensagem central de Jesus, sua utopia de uma revolução absoluta que reconcilia a criação consigo mesma e com Deus. O mundo é o lugar onde a Igreja realiza seu serviço ao Reino e onde ela mesma se constrói. Se pensarmos a Igreja demasiadamente ligada ao Reino, corre-se o risco de espiritualização e de idealismo. Se demasiadamente próxima do mudo, incorre-se na tentação da mundanização e da politização. Importa saber articular Reino-Mundo-Igreja. Ela pertence ao Reino e também ao mundo. Possui uma dimensão histórica com suas contradições e outra transcendente.
Como viver esta tensão dentro do mundo e da história? Apresentam-se dois modelos diferentes e, por vezes, conflitantes: o do testemunho e o do diálogo.
O modelo do testemunho afirma com convicção: temos o depósito da fé, dentro do qual estão todas as verdades necessárias para a salvação; temos o sacramentos que comunicam graça; temos uma moral bem definida; temos a certeza de que a Igreja Católica é a Igreja de Cristo, a única verdadeira; temos o Papa que goza de infalibilidade em questões de fé e moral; temos uma hierarquia que governa o povo fiel; e temos a promessa de assistência permanente do Espírito Santo. Isto tem que ser testemunhado face a um mundo que não sabe para onde vai e que por si mesmo jamais alcançará a salvação. Ele terá que passar pela mediação da Igreja, sem a qual não há salvação.
Os cristãos deste modelo, desde Papas até os simples fiéis, se sentem imbuídos de uma missão salvadora única. Nisso são fundamentalistas e pouco dados ao diálogo. Para que dialogar? Já temos tudo. O diálogo é para facilitar a conversão e é um gesto de civilidade.
Bento XVI negou o título de “Igreja” às igrejas evangélicas, ofendendo-as duramente
O modelo do diálogo parte de outros pressupostos: O Reino é maior que a Igreja e conhece também uma realização secular, sempre onde há verdade, amor e justiça; o Cristo ressuscitado possui dimensões cósmicas e empurra a evolução para um fim bom; o Espírito está sempre presente na história e nas pessoas do bem; Ele chega antes do missionário, pois estava nos povos na forma de solidariedade, amor e compaixão. Deus nunca abandonou os seus e a todos oferece chance de salvação, pois os tirou de seu coração para um dia viverem felizes no Reino dos libertos.
A missão da Igreja é ser sinal desta história de Deus dentro da história humana e também um instrumento de sua implementação junto com outros caminhos espirituais. Se a realidade tanto religiosa quanto secular está empapada de Deus devemos todos dialogar: trocar, aprender uns dos outros e tornar a caminhada humana rumo à promessa feliz, mais fácil e mais segura.
O primeiro modelo do testemunho é da Igreja da tradição, que promoveu as missões na África, na Ásia e na América latina, sendo até cúmplice em nome do testemunho da dizimação e dominação de muitos povos originários, africanos e asiáticos.
Era o modelo do Papa João Paulo II que corria o mundo, empunhando a cruz como testemunho de que ai vinha a salvação. Era o modelo, mais radicalizado ainda, de Bento XVI que negou o título de “Igreja” às igrejas evangélicas, ofendendo-as duramente; atacou diretamente a modernidade pois a via negativamente como relativista e secularista. Logicamente não lhe negou todos os valores mas via neles como fonte a fé cristã. Reduziu a Igreja a uma ilha isolada ou a uma fortaleza, cercada de inimigos por todos os lados contra os quais importa se defender.
O modelo do diálogo é do Concílio Vaticano II, de Paulo VI e de Medellin e de Puebla na América Latina. Viam o cristianismo não como um depósito, sistema fechado com o risco de ficar fossilizado, mas como uma fonte de águas vivas e cristalinas que podem ser canalizadas por muitos condutos culturais, um lugar de aprendizado mútuo porque todos são portadores do Espírito Criador e da essência do sonho de Jesus.
O modelo do diálogo se faz urgente para a Igreja sair da crise que atingiu seu ponto de honra: a moralidade e a espiritualidade
O primeiro modelo, do testemunho, assustou a muitos cristãos que se sentiam infantilizados e desvalorizados em seus saberes profissionais; não sentiam mais a Igreja como um lar espiritual e, desconsolados, se afastavam da instituição mas não do Cristianismo como valor e utopia generosa de Jesus.
O segundo modelo, do diálogo, aproximou a muitos pois se sentiam em casa, ajudando a construir uma Igreja-aprendiz e aberta ao diálogo com todos. O efeito era o sentimento de liberdade e de criatividade. Assim vale a pena ser cristão.
Esse modelo do diálogo se faz urgente caso a instituição-Igreja quiser sair da crise em que se meteu e que atingiu seu ponto de honra: a moralidade (os pedófilos) e a espiritualidade (roubo de documentos secretos e problemas graves de transparência no Banco do Vaticano).
Devemos discernir com inteligência o que atualmente melhor serve à mensagem cristã no interior de uma crise ecológica e social de gravíssimas consequências. O problema central não é a Igreja mas o futuro da Mãe Terra, da vida e da nossa civilização. Como a Igreja ajuda nessa travessia? Só dialogando e somando forças com todos.
*Leonardo Boff, Teólogo e Filósofo, é autor de Igreja: carisma e poder, livro ajuizado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Mais uma vez o Pará está de luto!

Mulher guerreira foi Maria do Espirito Santos, que junto com seu marido defendeu os interesses dos amazonidas. Lembro-me muito bem de sua ardua caminhada em busca de uma formação, quando no final da decada de noventa inicio do século XXI ela adentrou no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), pelo qual concluiu ensino fundamental e médio e no mês de julho desde ano iria colar grau em Licenciatura Plena em Pedagogia (Pedagogia do Campo) pela UFPA, portanto uma educadora popular, uma educadora ambiental.
Até quando iremos ver pessoas de bem morrerem e a maldade prevalecer nesse país? Até quando nossa sociedade vai aguentar essa banalização da vida? Não é mais uma a “tombar”, é Maria do Esperito Santos, é seu Marido.
Será que todos que pensam o mundo pelo olhar da caridade, do amor, do respeito ao próximo, da vida em harmonia com os elementos da natureza terão que morrer ou então para não morrermos, teremos que ser maus? Que mundo teremos para viver? Será que iremos sobreviver? Ou tudo arderá no caldeirão de fogo das indústrias guseiras de Marabá?
Temos que lembrar que a luta não é apenas de Maria do Espirito Santos e de seu Marido José Claudio Ribeiro da Silva e tantos outros Josés e Marias que vivem no campo defendendo a qualidade de vida no planeta, as vidas ameaçadas pelos madeireiros, fazendeiros e carvoeiros são de todos nós. Ou mudamos isto ou seremos os próximos a tombarmos pelas balas de ferro produzido pelas guseiras saídas de armas como águas poluídas, ar inrespirável, calor insuportável, alimentos contaminados, ausência de alimentos, escravidão que chamam de emprego, sociedades insustentáveis…
José Claudio chegou a dizer "“Eu poderia estar hoje falando com vocês e em um mês vocês terão notícias de que eu desapareci. Eu protegerei as florestas a qualquer custo. É por isso que eu poderia receber uma bala na cabeça a qualquer momento… porque eu denuncio os madeireiros e produtores de carvão e é por isso que eles pensam que eu não posso existir. As pessoas me perguntam, ‘você tem medo’? Sim, sou um ser humano, naturalmente que tenho medo. Mas meu medo não me silencia. Enquanto eu tiver força para andar eu vou denunciar todos aqueles que danificarem a floresta”
E no dia 24 de maio de 2011, cruel e corvadimento José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa Maria do Espírito Santo foram executados, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Os dois eram moradores do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta – Piranheira. Defendiam um desenvolvimento econômico baseado na sustentabilidade das famílias e do ambiente em que viviam.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
SEMMA era "casa da mae Joana" no governo Ana Julia.
A cada dia, novos lances surgem no rastro do milionário esquema montado dentro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para liberar licenças e planos de manejo em troca de dinheiro de empresas madeireiras que atuam no Estado. As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) já duram mais de dois anos e o inquérito deve ficar concluído até o final deste mês. Quinze pessoas são investigadas, incluindo servidores, madeireiros, despachantes, advogados e políticos.
Em conversas telefônicas grampeadas com ordem judicial, a ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT) tem seu nome citado por dirigentes da Sema como supostamente interessada em desbloquear projetos de empresas que tinham problemas no órgão. Numa das gravações, o servidor Dionísio Gonçalves de Oliveira que, segundo a PF, representava na Sema os interesses de Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, presidente do Águia Futebol Clube, de Marabá, reclama com o padrinho o tratamento que está recebendo de Cláudio Cunha, secretário adjunto do órgão ambiental.
Dionísio Oliveira, que se gabava nas conversas interceptadas de dar dinheiro para todo mundo no órgão que facilitava a vida de seus clientes e que em vista disso era respeitado a ponto de servidores “tremerem nas bases” à simples citação de seu nome, diz para “Ferreirinha” nessa gravação que se os projetos de manejo forem aprovados eles (Oliveira e “Ferreirinha”) receberiam R$ 800 mil e que R$ 300 mil “ficariam para a chefa”. Segundo a PF, ambos se referiam à liberação de dinheiro para a campanha de Ana Júlia.
Os projetos citados na conversa eram sete, todos com pendências e irregularidades, mas que seriam liberados imediatamente. Só de propina renderiam R$ 2 milhões. Em outra gravação, o secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu no cargo o investigado Aníbal Picanço, liga para o gerente Fernando Diniz e cobra a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof), afirmando que era um pedido da governadora.
MADEIREIRAS
A suposta interferência de Ana Júlia seria a favor de duas madeireiras. Diniz responde que um projeto já tinha sido liberado, mas o outro ainda dependia de numeração que a governadora não havia fornecido.
A investigação da PF comprovou que centenas de projetos tiveram laudos forjados. Além disso, vistorias fajutas de campo em planos de manejo eram realizadas sem que os técnicos da Sema saíssem de seus gabinetes em Belém. Bastava pagar entre R$ 5 mil e R$ 7 mil para que isso fosse feito. Quem não pagasse propina não tinha o plano aprovado. E quem já tinha também era obrigado a pagar, sob pena de não ter o plano assinado pelo secretário.
Ouvida pelo DIÁRIO, Ana Júlia Carepa negou que tenha feito pedidos para liberação de projetos de madeireiras. “Estou acostumada em ver meu nome usado em vão por terceiros. A federal (PF) já prendeu um homem que usava o nome do Marcílio (Marcílio Monteiro, ex-marido de Carepa, ex-chefe do Ibama no Estado e ex-secretário no governo dela).
Esse homem, cujo nome a ex-governadora disse não lembrar, se fazia passar por Marcílio quando ele era chefe do Ibama. “Eu fui acusada levianamente e depois se viu que era má fé. A imprensa nunca disse a verdade. É leviandade acusar alguém sem provas”. Ana Júlia disse ainda que em seu governo deu todo apoio para que a PF realizasse investigações na Sema. Sobre as conversas que envolvem seu nome, reiterou que jamais fez pedido para uma atividade irregular. “A minha postura em relação ao meio ambiente sempre foi aberta”. E arrematou dizendo que em quatro anos de governo teve todas as contas aprovadas, inclusive as de campanha eleitoral.
CONCLUSÃO DE INQUÉRITO
As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) já duram mais de dois anos e o inquérito deve ficar concluído até o final deste mês. Quinze pessoas são investigadas, incluindo servidores, madeireiros, despachantes, advogados e políticos.
Liberação de cadastro a mando de Ana Júlia
O secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu o investigado Aníbal Picanço, liga para Fernando Diniz sobre a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof) a pedido da então governadora Ana Júlia Carepa, segundo gravação da PF. Eles mantêm o seguinte diálogo:
Edivaldo - Aqueles Ceprofs da governadora já saiu (sic) todos?
Fernando- Ela não me falou qual é o número, porra.
Edivaldo - É aqueles do Índio, que o Índio apareceu aí contigo, porra.
Fernando- Não, aquele já saiu, porra.
Edivaldo - Aquele é da governadora.
Fernando- Não, ali eu lhe disse que era o seguinte: que eram dois Ceprofs que ela queria que fosse desbloqueado, mas ela não chegou a me passar o número, era isso que (inaudível) está aí com ela, porra.
ANÁLISE DA PF
Edivaldo, secretário da Sema, pergunta para Fernando sobre desbloqueio de Ceprof a mando da governadora. Em diálogos anteriores, Fernando afirma que mantém seu acesso ao sistema para resolver “demandas” do governo. A análise dos diálogos pode chegar à conclusão de que se trata de pedidos irregulares de pessoas ligadas ao governo ou apoio político. Há, na melhor das hipóteses, advocacia administrativa de vez que foi burlado a tramitação legal para beneficiar indivíduos ligados a servidores públicos.
“Uns R$ 300 mil lá pra chefa”
Dionísio Oliveira reclama ao telefone para Sebastião Ferreira, o “Ferreirinha”, que não consegue entrar no gabinete do secretário para que ele libere sete planos de manejo, porque tem “uns caras que passam na frente de todo mundo e ficam lá por horas”. Estressado, ameaçando largar a campanha eleitoral e prometendo ficar na porta para ser atendido de qualquer maneira quando sair alguém, eles travam uma longa conversa. Destaque para o seguinte trecho:
Ferreirinha- Ela pegou o nosso. Vai sair esse nosso? (referem-se a uma servidora encarregada de agilizar um dos processos de interesse da dupla).
Dionísio- Vai sair. Tá com quinze minutos que eu vim de lá da sala dela. Tô aqui no gabinete esperando. Vou voltar lá daqui a pouco, acho que ela termina no máximo às 11:30. Aí tem essa porra e mais seis que já tá na agulha, que não tem mais coisa (nenhuma pendência). Isso aqui é daquele jeito que te falei. Se não ficar nós dois aqui, assim igual daquele outro lá, não sai.
Ferreirinha- Deixa eu te dizer. O Everaldo (Everaldo Martins, ex- chefe da Casa Civil do Estado) tá aqui em Marabá. Eu tive uma conversa com ele agora. Fiquei de voltar novamente.
Dionísio- Hum, hum..
Ferreirinha- Como o Puty (deputado federal eleito Cláudio Puty) furou em tudo que foi acordo que fez com a gente, tem uns municípios que os caras não querem apoiar ele de jeito nenhum. Eu quero ver se eu acerto umas despesas de uns municípios pra ele bancar e as pessoas de lá apoiar ele e eu.
Dionísio- Tá certo, porra. Concordo, concordo, porque o que nós estamos passando...
Ferreirinha- Aí, se fizer essa parceria ele é capaz de interferir aí, nessa e resolver algumas coisas pra gente. Tu lembra que a governadora falou que ele (Puty) resolvia coisas para ela?
Dionísio- Hum, hum.
Ferreirinha- Pode ser que ele defira lá.
Dionísio- Então vamos fechar. Tu não diz tudo, diz só um pouco, entendeu? Diz só um pouco, não diz todos os projetos. O que te falo mesmo, cara, se na semana que vem esses sete projetos PMFS for resolvido é no mínimo uns R$ 800 mil que entra. No mínimo, no mínimo, né, porque os sete dá mais de R$ 2 milhões, mas no mínimo R$ 800 mil entra pra nós, já de adiantamento. Só que, porra, os caras não enxergam isso, né? Porque aí nos tira (sic) uns R$ 300 mil lá pra chefa (segundo a PF provavelmente a governadora Ana Júlia), e fica com o outro, porra, pra poder aliviar.
Ferreirinha- Eu acho que eu vou fazer o negócio com esse cara, lá. E o negócio de Santarém tá marcado para sexta-feira, 10 h da manhã. Acho que é tu que vai nessa lá de Santarém.
Fonte: Diário do Pará
Em conversas telefônicas grampeadas com ordem judicial, a ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT) tem seu nome citado por dirigentes da Sema como supostamente interessada em desbloquear projetos de empresas que tinham problemas no órgão. Numa das gravações, o servidor Dionísio Gonçalves de Oliveira que, segundo a PF, representava na Sema os interesses de Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, presidente do Águia Futebol Clube, de Marabá, reclama com o padrinho o tratamento que está recebendo de Cláudio Cunha, secretário adjunto do órgão ambiental.
Dionísio Oliveira, que se gabava nas conversas interceptadas de dar dinheiro para todo mundo no órgão que facilitava a vida de seus clientes e que em vista disso era respeitado a ponto de servidores “tremerem nas bases” à simples citação de seu nome, diz para “Ferreirinha” nessa gravação que se os projetos de manejo forem aprovados eles (Oliveira e “Ferreirinha”) receberiam R$ 800 mil e que R$ 300 mil “ficariam para a chefa”. Segundo a PF, ambos se referiam à liberação de dinheiro para a campanha de Ana Júlia.
Os projetos citados na conversa eram sete, todos com pendências e irregularidades, mas que seriam liberados imediatamente. Só de propina renderiam R$ 2 milhões. Em outra gravação, o secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu no cargo o investigado Aníbal Picanço, liga para o gerente Fernando Diniz e cobra a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof), afirmando que era um pedido da governadora.
MADEIREIRAS
A suposta interferência de Ana Júlia seria a favor de duas madeireiras. Diniz responde que um projeto já tinha sido liberado, mas o outro ainda dependia de numeração que a governadora não havia fornecido.
A investigação da PF comprovou que centenas de projetos tiveram laudos forjados. Além disso, vistorias fajutas de campo em planos de manejo eram realizadas sem que os técnicos da Sema saíssem de seus gabinetes em Belém. Bastava pagar entre R$ 5 mil e R$ 7 mil para que isso fosse feito. Quem não pagasse propina não tinha o plano aprovado. E quem já tinha também era obrigado a pagar, sob pena de não ter o plano assinado pelo secretário.
Ouvida pelo DIÁRIO, Ana Júlia Carepa negou que tenha feito pedidos para liberação de projetos de madeireiras. “Estou acostumada em ver meu nome usado em vão por terceiros. A federal (PF) já prendeu um homem que usava o nome do Marcílio (Marcílio Monteiro, ex-marido de Carepa, ex-chefe do Ibama no Estado e ex-secretário no governo dela).
Esse homem, cujo nome a ex-governadora disse não lembrar, se fazia passar por Marcílio quando ele era chefe do Ibama. “Eu fui acusada levianamente e depois se viu que era má fé. A imprensa nunca disse a verdade. É leviandade acusar alguém sem provas”. Ana Júlia disse ainda que em seu governo deu todo apoio para que a PF realizasse investigações na Sema. Sobre as conversas que envolvem seu nome, reiterou que jamais fez pedido para uma atividade irregular. “A minha postura em relação ao meio ambiente sempre foi aberta”. E arrematou dizendo que em quatro anos de governo teve todas as contas aprovadas, inclusive as de campanha eleitoral.
CONCLUSÃO DE INQUÉRITO
As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) já duram mais de dois anos e o inquérito deve ficar concluído até o final deste mês. Quinze pessoas são investigadas, incluindo servidores, madeireiros, despachantes, advogados e políticos.
Liberação de cadastro a mando de Ana Júlia
O secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu o investigado Aníbal Picanço, liga para Fernando Diniz sobre a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof) a pedido da então governadora Ana Júlia Carepa, segundo gravação da PF. Eles mantêm o seguinte diálogo:
Edivaldo - Aqueles Ceprofs da governadora já saiu (sic) todos?
Fernando- Ela não me falou qual é o número, porra.
Edivaldo - É aqueles do Índio, que o Índio apareceu aí contigo, porra.
Fernando- Não, aquele já saiu, porra.
Edivaldo - Aquele é da governadora.
Fernando- Não, ali eu lhe disse que era o seguinte: que eram dois Ceprofs que ela queria que fosse desbloqueado, mas ela não chegou a me passar o número, era isso que (inaudível) está aí com ela, porra.
ANÁLISE DA PF
Edivaldo, secretário da Sema, pergunta para Fernando sobre desbloqueio de Ceprof a mando da governadora. Em diálogos anteriores, Fernando afirma que mantém seu acesso ao sistema para resolver “demandas” do governo. A análise dos diálogos pode chegar à conclusão de que se trata de pedidos irregulares de pessoas ligadas ao governo ou apoio político. Há, na melhor das hipóteses, advocacia administrativa de vez que foi burlado a tramitação legal para beneficiar indivíduos ligados a servidores públicos.
“Uns R$ 300 mil lá pra chefa”
Dionísio Oliveira reclama ao telefone para Sebastião Ferreira, o “Ferreirinha”, que não consegue entrar no gabinete do secretário para que ele libere sete planos de manejo, porque tem “uns caras que passam na frente de todo mundo e ficam lá por horas”. Estressado, ameaçando largar a campanha eleitoral e prometendo ficar na porta para ser atendido de qualquer maneira quando sair alguém, eles travam uma longa conversa. Destaque para o seguinte trecho:
Ferreirinha- Ela pegou o nosso. Vai sair esse nosso? (referem-se a uma servidora encarregada de agilizar um dos processos de interesse da dupla).
Dionísio- Vai sair. Tá com quinze minutos que eu vim de lá da sala dela. Tô aqui no gabinete esperando. Vou voltar lá daqui a pouco, acho que ela termina no máximo às 11:30. Aí tem essa porra e mais seis que já tá na agulha, que não tem mais coisa (nenhuma pendência). Isso aqui é daquele jeito que te falei. Se não ficar nós dois aqui, assim igual daquele outro lá, não sai.
Ferreirinha- Deixa eu te dizer. O Everaldo (Everaldo Martins, ex- chefe da Casa Civil do Estado) tá aqui em Marabá. Eu tive uma conversa com ele agora. Fiquei de voltar novamente.
Dionísio- Hum, hum..
Ferreirinha- Como o Puty (deputado federal eleito Cláudio Puty) furou em tudo que foi acordo que fez com a gente, tem uns municípios que os caras não querem apoiar ele de jeito nenhum. Eu quero ver se eu acerto umas despesas de uns municípios pra ele bancar e as pessoas de lá apoiar ele e eu.
Dionísio- Tá certo, porra. Concordo, concordo, porque o que nós estamos passando...
Ferreirinha- Aí, se fizer essa parceria ele é capaz de interferir aí, nessa e resolver algumas coisas pra gente. Tu lembra que a governadora falou que ele (Puty) resolvia coisas para ela?
Dionísio- Hum, hum.
Ferreirinha- Pode ser que ele defira lá.
Dionísio- Então vamos fechar. Tu não diz tudo, diz só um pouco, entendeu? Diz só um pouco, não diz todos os projetos. O que te falo mesmo, cara, se na semana que vem esses sete projetos PMFS for resolvido é no mínimo uns R$ 800 mil que entra. No mínimo, no mínimo, né, porque os sete dá mais de R$ 2 milhões, mas no mínimo R$ 800 mil entra pra nós, já de adiantamento. Só que, porra, os caras não enxergam isso, né? Porque aí nos tira (sic) uns R$ 300 mil lá pra chefa (segundo a PF provavelmente a governadora Ana Júlia), e fica com o outro, porra, pra poder aliviar.
Ferreirinha- Eu acho que eu vou fazer o negócio com esse cara, lá. E o negócio de Santarém tá marcado para sexta-feira, 10 h da manhã. Acho que é tu que vai nessa lá de Santarém.
Fonte: Diário do Pará
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"Quanto Vale" (in:pelas periferias do Brasil Vol IV)
Por Nina Fidelis*
O dinheiro que fechou escolas.
A oferta que expulsou famílias.
A exportação que importou miséria.
“Quanto vale esta terra aqui?”, perguntavam os homens. “Quanto vale o Homem?”, ele se perguntava.
Depois de vendê-la por um dinheiro que achava nunca poder ter em mãos, percebeu que aquela terra não tinha valor. Era, na verdade, impagável. Invendável.
No lugar da plantação de milho, café e outras coisas, agora só há soja e bois. “Brasil cresce cerca de 5%, como prometido pelo presidente”, os jornais anunciavam.
Tais jornais não conhecem a vida dele. A vida dele e de seus antigos vizinhos. Vizinhos do mundo. Depois que os gaúchos chegaram, tudo mudou. Costumavam dar este nome. Todos vinham do sul mesmo. Rio Grande ou Mato Grosso.
Disseram que a vida iria mudar. Sempre sonhou em ir pra lá. Pra cidade... Mas nunca pensou que fosse esta cidade. Via outras coisas na TV. Eles falavam que os da roça não sabiam viver... Mas esgoto passando na frente de casa, onde as crianças brincam, num tá certo. Ele pensava... Isso é viver?
“Cargill abre mais de cinco mil vagas de emprego”, anunciavam na região. Uns faziam filas. Outros vendiam ilusão.“Antes num precisava abrir vaga não. Eu trabalhava pra mim. Acordava muito cedo, é verdade, mas ali era tudo nosso”, lembrava. Ao cair do dia, estava com a mente tranquila. Sem preocupações. Hoje, não consegue dormir.
Eles não conheciam as ameaças. Os mortos. As crianças. A fome. O desespero. Eles queriam o lucro. Independente de qualquer coisa. Coisa... Era isso que ele se tornara aos olhos dos demais. Não se sentia mais um ser humano. Via outros, como ele, sofrendo. E outros o viam sofrer. Nada acontecia. Ninguém para ajudar, acolher. Nem a ele e nem aos outros iguais a ele.
As castanheiras, que tomam o céu como se fosse delas, são símbolos daquela região, mas agora estão queimadas, distantes... Os troncos, ocos e cinzentos, marcam a paisagem. As casas e escolas estão vazias. No lugar da vida, ruína. No lugar dos homens, máquinas. Saudades do campo ele sente...
A única perspectiva é ficar aqui. Tentando, sobrevivendo. E com toda a sua fé, a única coisa intocável, inabalável que lhe restou, ele se ajoelha no chão e chora, ora, implora... Pede a Deus que, em algum dia, o Homem não seja mais capaz de fazer um outro Homem sofrer. Tampouco a terra, a Terra.
Acabou o querosene. A luz se foi. Veio a noite. Se possível, uma boa noite...
*Nina Fedelis é Jornalista e Fotógrafa. Dedicado às comunidades de Santarém, Pará.
O dinheiro que fechou escolas.
A oferta que expulsou famílias.
A exportação que importou miséria.
“Quanto vale esta terra aqui?”, perguntavam os homens. “Quanto vale o Homem?”, ele se perguntava.
Depois de vendê-la por um dinheiro que achava nunca poder ter em mãos, percebeu que aquela terra não tinha valor. Era, na verdade, impagável. Invendável.
No lugar da plantação de milho, café e outras coisas, agora só há soja e bois. “Brasil cresce cerca de 5%, como prometido pelo presidente”, os jornais anunciavam.
Tais jornais não conhecem a vida dele. A vida dele e de seus antigos vizinhos. Vizinhos do mundo. Depois que os gaúchos chegaram, tudo mudou. Costumavam dar este nome. Todos vinham do sul mesmo. Rio Grande ou Mato Grosso.
Disseram que a vida iria mudar. Sempre sonhou em ir pra lá. Pra cidade... Mas nunca pensou que fosse esta cidade. Via outras coisas na TV. Eles falavam que os da roça não sabiam viver... Mas esgoto passando na frente de casa, onde as crianças brincam, num tá certo. Ele pensava... Isso é viver?
“Cargill abre mais de cinco mil vagas de emprego”, anunciavam na região. Uns faziam filas. Outros vendiam ilusão.“Antes num precisava abrir vaga não. Eu trabalhava pra mim. Acordava muito cedo, é verdade, mas ali era tudo nosso”, lembrava. Ao cair do dia, estava com a mente tranquila. Sem preocupações. Hoje, não consegue dormir.
Eles não conheciam as ameaças. Os mortos. As crianças. A fome. O desespero. Eles queriam o lucro. Independente de qualquer coisa. Coisa... Era isso que ele se tornara aos olhos dos demais. Não se sentia mais um ser humano. Via outros, como ele, sofrendo. E outros o viam sofrer. Nada acontecia. Ninguém para ajudar, acolher. Nem a ele e nem aos outros iguais a ele.
As castanheiras, que tomam o céu como se fosse delas, são símbolos daquela região, mas agora estão queimadas, distantes... Os troncos, ocos e cinzentos, marcam a paisagem. As casas e escolas estão vazias. No lugar da vida, ruína. No lugar dos homens, máquinas. Saudades do campo ele sente...
A única perspectiva é ficar aqui. Tentando, sobrevivendo. E com toda a sua fé, a única coisa intocável, inabalável que lhe restou, ele se ajoelha no chão e chora, ora, implora... Pede a Deus que, em algum dia, o Homem não seja mais capaz de fazer um outro Homem sofrer. Tampouco a terra, a Terra.
Acabou o querosene. A luz se foi. Veio a noite. Se possível, uma boa noite...
*Nina Fedelis é Jornalista e Fotógrafa. Dedicado às comunidades de Santarém, Pará.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O cordel "Big Brother Brasil, um programa imbecil"

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Salvador, 16 de janeiro de 2010.
* * *
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na Bahia.
É autor de um dos mais recentes e estrondosos sucessos da Internet, o
cordel Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e
preconceituoso.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros,
da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para
evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e
Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em
dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Possui incontáveis trabalhos em jornais, revistas e antologias, com
mais de 100 folhetos de cordel publicados sobre temas ligados à
Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários
títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas,
xotes e baiões.
A vida de trás para frente...
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo
Charles Chaplin
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo
Charles Chaplin
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