A cada dia, novos lances surgem no rastro do milionário esquema montado dentro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para liberar licenças e planos de manejo em troca de dinheiro de empresas madeireiras que atuam no Estado. As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) já duram mais de dois anos e o inquérito deve ficar concluído até o final deste mês. Quinze pessoas são investigadas, incluindo servidores, madeireiros, despachantes, advogados e políticos.
Em conversas telefônicas grampeadas com ordem judicial, a ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT) tem seu nome citado por dirigentes da Sema como supostamente interessada em desbloquear projetos de empresas que tinham problemas no órgão. Numa das gravações, o servidor Dionísio Gonçalves de Oliveira que, segundo a PF, representava na Sema os interesses de Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, presidente do Águia Futebol Clube, de Marabá, reclama com o padrinho o tratamento que está recebendo de Cláudio Cunha, secretário adjunto do órgão ambiental.
Dionísio Oliveira, que se gabava nas conversas interceptadas de dar dinheiro para todo mundo no órgão que facilitava a vida de seus clientes e que em vista disso era respeitado a ponto de servidores “tremerem nas bases” à simples citação de seu nome, diz para “Ferreirinha” nessa gravação que se os projetos de manejo forem aprovados eles (Oliveira e “Ferreirinha”) receberiam R$ 800 mil e que R$ 300 mil “ficariam para a chefa”. Segundo a PF, ambos se referiam à liberação de dinheiro para a campanha de Ana Júlia.
Os projetos citados na conversa eram sete, todos com pendências e irregularidades, mas que seriam liberados imediatamente. Só de propina renderiam R$ 2 milhões. Em outra gravação, o secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu no cargo o investigado Aníbal Picanço, liga para o gerente Fernando Diniz e cobra a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof), afirmando que era um pedido da governadora.
MADEIREIRAS
A suposta interferência de Ana Júlia seria a favor de duas madeireiras. Diniz responde que um projeto já tinha sido liberado, mas o outro ainda dependia de numeração que a governadora não havia fornecido.
A investigação da PF comprovou que centenas de projetos tiveram laudos forjados. Além disso, vistorias fajutas de campo em planos de manejo eram realizadas sem que os técnicos da Sema saíssem de seus gabinetes em Belém. Bastava pagar entre R$ 5 mil e R$ 7 mil para que isso fosse feito. Quem não pagasse propina não tinha o plano aprovado. E quem já tinha também era obrigado a pagar, sob pena de não ter o plano assinado pelo secretário.
Ouvida pelo DIÁRIO, Ana Júlia Carepa negou que tenha feito pedidos para liberação de projetos de madeireiras. “Estou acostumada em ver meu nome usado em vão por terceiros. A federal (PF) já prendeu um homem que usava o nome do Marcílio (Marcílio Monteiro, ex-marido de Carepa, ex-chefe do Ibama no Estado e ex-secretário no governo dela).
Esse homem, cujo nome a ex-governadora disse não lembrar, se fazia passar por Marcílio quando ele era chefe do Ibama. “Eu fui acusada levianamente e depois se viu que era má fé. A imprensa nunca disse a verdade. É leviandade acusar alguém sem provas”. Ana Júlia disse ainda que em seu governo deu todo apoio para que a PF realizasse investigações na Sema. Sobre as conversas que envolvem seu nome, reiterou que jamais fez pedido para uma atividade irregular. “A minha postura em relação ao meio ambiente sempre foi aberta”. E arrematou dizendo que em quatro anos de governo teve todas as contas aprovadas, inclusive as de campanha eleitoral.
CONCLUSÃO DE INQUÉRITO
As investigações feitas pela Polícia Federal (PF) já duram mais de dois anos e o inquérito deve ficar concluído até o final deste mês. Quinze pessoas são investigadas, incluindo servidores, madeireiros, despachantes, advogados e políticos.
Liberação de cadastro a mando de Ana Júlia
O secretário de Meio Ambiente, Edivaldo Pereira da Silva, que substituiu o investigado Aníbal Picanço, liga para Fernando Diniz sobre a liberação do Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais (Ceprof) a pedido da então governadora Ana Júlia Carepa, segundo gravação da PF. Eles mantêm o seguinte diálogo:
Edivaldo - Aqueles Ceprofs da governadora já saiu (sic) todos?
Fernando- Ela não me falou qual é o número, porra.
Edivaldo - É aqueles do Índio, que o Índio apareceu aí contigo, porra.
Fernando- Não, aquele já saiu, porra.
Edivaldo - Aquele é da governadora.
Fernando- Não, ali eu lhe disse que era o seguinte: que eram dois Ceprofs que ela queria que fosse desbloqueado, mas ela não chegou a me passar o número, era isso que (inaudível) está aí com ela, porra.
ANÁLISE DA PF
Edivaldo, secretário da Sema, pergunta para Fernando sobre desbloqueio de Ceprof a mando da governadora. Em diálogos anteriores, Fernando afirma que mantém seu acesso ao sistema para resolver “demandas” do governo. A análise dos diálogos pode chegar à conclusão de que se trata de pedidos irregulares de pessoas ligadas ao governo ou apoio político. Há, na melhor das hipóteses, advocacia administrativa de vez que foi burlado a tramitação legal para beneficiar indivíduos ligados a servidores públicos.
“Uns R$ 300 mil lá pra chefa”
Dionísio Oliveira reclama ao telefone para Sebastião Ferreira, o “Ferreirinha”, que não consegue entrar no gabinete do secretário para que ele libere sete planos de manejo, porque tem “uns caras que passam na frente de todo mundo e ficam lá por horas”. Estressado, ameaçando largar a campanha eleitoral e prometendo ficar na porta para ser atendido de qualquer maneira quando sair alguém, eles travam uma longa conversa. Destaque para o seguinte trecho:
Ferreirinha- Ela pegou o nosso. Vai sair esse nosso? (referem-se a uma servidora encarregada de agilizar um dos processos de interesse da dupla).
Dionísio- Vai sair. Tá com quinze minutos que eu vim de lá da sala dela. Tô aqui no gabinete esperando. Vou voltar lá daqui a pouco, acho que ela termina no máximo às 11:30. Aí tem essa porra e mais seis que já tá na agulha, que não tem mais coisa (nenhuma pendência). Isso aqui é daquele jeito que te falei. Se não ficar nós dois aqui, assim igual daquele outro lá, não sai.
Ferreirinha- Deixa eu te dizer. O Everaldo (Everaldo Martins, ex- chefe da Casa Civil do Estado) tá aqui em Marabá. Eu tive uma conversa com ele agora. Fiquei de voltar novamente.
Dionísio- Hum, hum..
Ferreirinha- Como o Puty (deputado federal eleito Cláudio Puty) furou em tudo que foi acordo que fez com a gente, tem uns municípios que os caras não querem apoiar ele de jeito nenhum. Eu quero ver se eu acerto umas despesas de uns municípios pra ele bancar e as pessoas de lá apoiar ele e eu.
Dionísio- Tá certo, porra. Concordo, concordo, porque o que nós estamos passando...
Ferreirinha- Aí, se fizer essa parceria ele é capaz de interferir aí, nessa e resolver algumas coisas pra gente. Tu lembra que a governadora falou que ele (Puty) resolvia coisas para ela?
Dionísio- Hum, hum.
Ferreirinha- Pode ser que ele defira lá.
Dionísio- Então vamos fechar. Tu não diz tudo, diz só um pouco, entendeu? Diz só um pouco, não diz todos os projetos. O que te falo mesmo, cara, se na semana que vem esses sete projetos PMFS for resolvido é no mínimo uns R$ 800 mil que entra. No mínimo, no mínimo, né, porque os sete dá mais de R$ 2 milhões, mas no mínimo R$ 800 mil entra pra nós, já de adiantamento. Só que, porra, os caras não enxergam isso, né? Porque aí nos tira (sic) uns R$ 300 mil lá pra chefa (segundo a PF provavelmente a governadora Ana Júlia), e fica com o outro, porra, pra poder aliviar.
Ferreirinha- Eu acho que eu vou fazer o negócio com esse cara, lá. E o negócio de Santarém tá marcado para sexta-feira, 10 h da manhã. Acho que é tu que vai nessa lá de Santarém.
Fonte: Diário do Pará
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"Quanto Vale" (in:pelas periferias do Brasil Vol IV)
Por Nina Fidelis*
O dinheiro que fechou escolas.
A oferta que expulsou famílias.
A exportação que importou miséria.
“Quanto vale esta terra aqui?”, perguntavam os homens. “Quanto vale o Homem?”, ele se perguntava.
Depois de vendê-la por um dinheiro que achava nunca poder ter em mãos, percebeu que aquela terra não tinha valor. Era, na verdade, impagável. Invendável.
No lugar da plantação de milho, café e outras coisas, agora só há soja e bois. “Brasil cresce cerca de 5%, como prometido pelo presidente”, os jornais anunciavam.
Tais jornais não conhecem a vida dele. A vida dele e de seus antigos vizinhos. Vizinhos do mundo. Depois que os gaúchos chegaram, tudo mudou. Costumavam dar este nome. Todos vinham do sul mesmo. Rio Grande ou Mato Grosso.
Disseram que a vida iria mudar. Sempre sonhou em ir pra lá. Pra cidade... Mas nunca pensou que fosse esta cidade. Via outras coisas na TV. Eles falavam que os da roça não sabiam viver... Mas esgoto passando na frente de casa, onde as crianças brincam, num tá certo. Ele pensava... Isso é viver?
“Cargill abre mais de cinco mil vagas de emprego”, anunciavam na região. Uns faziam filas. Outros vendiam ilusão.“Antes num precisava abrir vaga não. Eu trabalhava pra mim. Acordava muito cedo, é verdade, mas ali era tudo nosso”, lembrava. Ao cair do dia, estava com a mente tranquila. Sem preocupações. Hoje, não consegue dormir.
Eles não conheciam as ameaças. Os mortos. As crianças. A fome. O desespero. Eles queriam o lucro. Independente de qualquer coisa. Coisa... Era isso que ele se tornara aos olhos dos demais. Não se sentia mais um ser humano. Via outros, como ele, sofrendo. E outros o viam sofrer. Nada acontecia. Ninguém para ajudar, acolher. Nem a ele e nem aos outros iguais a ele.
As castanheiras, que tomam o céu como se fosse delas, são símbolos daquela região, mas agora estão queimadas, distantes... Os troncos, ocos e cinzentos, marcam a paisagem. As casas e escolas estão vazias. No lugar da vida, ruína. No lugar dos homens, máquinas. Saudades do campo ele sente...
A única perspectiva é ficar aqui. Tentando, sobrevivendo. E com toda a sua fé, a única coisa intocável, inabalável que lhe restou, ele se ajoelha no chão e chora, ora, implora... Pede a Deus que, em algum dia, o Homem não seja mais capaz de fazer um outro Homem sofrer. Tampouco a terra, a Terra.
Acabou o querosene. A luz se foi. Veio a noite. Se possível, uma boa noite...
*Nina Fedelis é Jornalista e Fotógrafa. Dedicado às comunidades de Santarém, Pará.
O dinheiro que fechou escolas.
A oferta que expulsou famílias.
A exportação que importou miséria.
“Quanto vale esta terra aqui?”, perguntavam os homens. “Quanto vale o Homem?”, ele se perguntava.
Depois de vendê-la por um dinheiro que achava nunca poder ter em mãos, percebeu que aquela terra não tinha valor. Era, na verdade, impagável. Invendável.
No lugar da plantação de milho, café e outras coisas, agora só há soja e bois. “Brasil cresce cerca de 5%, como prometido pelo presidente”, os jornais anunciavam.
Tais jornais não conhecem a vida dele. A vida dele e de seus antigos vizinhos. Vizinhos do mundo. Depois que os gaúchos chegaram, tudo mudou. Costumavam dar este nome. Todos vinham do sul mesmo. Rio Grande ou Mato Grosso.
Disseram que a vida iria mudar. Sempre sonhou em ir pra lá. Pra cidade... Mas nunca pensou que fosse esta cidade. Via outras coisas na TV. Eles falavam que os da roça não sabiam viver... Mas esgoto passando na frente de casa, onde as crianças brincam, num tá certo. Ele pensava... Isso é viver?
“Cargill abre mais de cinco mil vagas de emprego”, anunciavam na região. Uns faziam filas. Outros vendiam ilusão.“Antes num precisava abrir vaga não. Eu trabalhava pra mim. Acordava muito cedo, é verdade, mas ali era tudo nosso”, lembrava. Ao cair do dia, estava com a mente tranquila. Sem preocupações. Hoje, não consegue dormir.
Eles não conheciam as ameaças. Os mortos. As crianças. A fome. O desespero. Eles queriam o lucro. Independente de qualquer coisa. Coisa... Era isso que ele se tornara aos olhos dos demais. Não se sentia mais um ser humano. Via outros, como ele, sofrendo. E outros o viam sofrer. Nada acontecia. Ninguém para ajudar, acolher. Nem a ele e nem aos outros iguais a ele.
As castanheiras, que tomam o céu como se fosse delas, são símbolos daquela região, mas agora estão queimadas, distantes... Os troncos, ocos e cinzentos, marcam a paisagem. As casas e escolas estão vazias. No lugar da vida, ruína. No lugar dos homens, máquinas. Saudades do campo ele sente...
A única perspectiva é ficar aqui. Tentando, sobrevivendo. E com toda a sua fé, a única coisa intocável, inabalável que lhe restou, ele se ajoelha no chão e chora, ora, implora... Pede a Deus que, em algum dia, o Homem não seja mais capaz de fazer um outro Homem sofrer. Tampouco a terra, a Terra.
Acabou o querosene. A luz se foi. Veio a noite. Se possível, uma boa noite...
*Nina Fedelis é Jornalista e Fotógrafa. Dedicado às comunidades de Santarém, Pará.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O cordel "Big Brother Brasil, um programa imbecil"

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…
FIM
Salvador, 16 de janeiro de 2010.
* * *
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara, na Bahia.
É autor de um dos mais recentes e estrondosos sucessos da Internet, o
cordel Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e
preconceituoso.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros,
da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para
evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e
Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em
dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Possui incontáveis trabalhos em jornais, revistas e antologias, com
mais de 100 folhetos de cordel publicados sobre temas ligados à
Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários
títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas,
xotes e baiões.
A vida de trás para frente...
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo
Charles Chaplin
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo
Charles Chaplin
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