sábado, 27 de novembro de 2010

Graças à Vale, Carajás é chinês

Lúcio Flávio Pinto descreve, em mais um artigo de seu Jornal Pessoal, a “sangria” provocada pela Vale com a exportação de riqueza das terras do Pará. Só por mais três décadas, depois “só nos restará chorar no fundo do buraco, no qual ficaremos”. Leia o artigo inteiro.

O terceiro trimestre deste ano foi dos melhores da história de 68 anos da Companhia Vale do Rio Doce. A empresa bateu recordes de produção e de resultados financeiros. Faturou como nunca num único trimestre: 14,5 bilhões de dólares. Se essa média se mantivesse pelo ano inteiro, sua receita chegaria a US$ 58 bilhões.

Não chegará porque os meses anteriores foram de dificuldades, recuperando-se da crise internacional. Mas chegará ao final de 2010 como se já estivesse num ritmo mais acelerado do que “nunca antes”, como diria o presidente Lula, desafeto contido do presidente da companhia, Roger Agnelli, que completará 10 anos no cargo no próximo ano, se chegar a completar.

Diz-se que com a vitória de Dilma Rousseff sua saída é certa. Ciente disso, Agnelli aproveitou a comemoração dos números grandiosos para se queixar (no exterior) dos petistas, que o pressionam por empregos. Talvez se preparando para uma saída em grande estilo, já que o governo, através dos fundos de pensão, tem poder suficiente para afastá-lo, mesmo com o desempenho impressionante. Oficialmente, porém, o ex-executivo do Bradesco, o maior sócio privado da antiga estatal, parece preparado para o combate que se aproxima.

No dia 26 ele mandou divulgar uma nota oficial para informar que “jamais foi tratada” entre os acionistas controladores da empresa “nem fez parte da pauta do Conselho de Administração a substituição do diretor-presidente Roger Agnelli. As especulações na imprensa, que atribuem a ‘fontes do Conselho de Administração’ informações neste sentido, não retratam a posição dos acionistas controladores da empresa”. Os cotistas, que vão sacar dividendos altíssimos no atual exercício, só têm motivos para querer que Agnelli permaneça onde está.

Recordes não foram só na receita global da Vale, que passou de US$ 9,9 bilhões no 2º trimestre para US$ 14,5 bilhões no terceiro. O lucro líquido cresceu 63% no período, pulando de US$ 3,7 bilhões para US$ 6 bilhões, o maior de todos os tempos. Os investimentos foram de US$ 14 bilhões; o retorno aos acionistas chegou a US$ 5 bilhões e a empresa ainda aplicou US$ 2 bilhões na recompra de suas ações, demonstrando que crê no futuro. Com ou sem PT para “aparelhá-la”.

Se fosse pelos indicadores que a Vale apresentou, Roger Agnelli devia ser parabenizado e não ameaçado de demissão, caso a empresa fosse realmente privada. Ela é quase uma corporação financeira pela sua face de organização particular, mas convive com um hibridismo estatal que, no regime do PT, se manifesta mais nos bastidores do que diante da opinião pública.

De público, o PT nunca questiona os resultados da companhia, mesmo porque -direta ou indiretamente- tira vantagens desses ingressos, sob todas as formas. Mas parece querer sempre mais poder para ter ainda mais. Sua divergência não interfere nos rumos dessa que é a mais acabada das multinacionais brasileiras, se não for a única, a rigor.

Mas é justamente os rumos dessa opção que precisam ser questionados. Uma mera análise contábil da prestação de contas da empresa sobre o 3º trimestre de 2010 levará à exaltação das decisões tomadas pelos seus dirigentes, que estão apresentando resultados excepcionalmente favoráveis, como poucas companhias no mundo. O problema é que a Vale, pelos erros cometidos na sua privatização, é um ser estranho: deixou de ser estatal e não é uma empresa privada convencional. Se o país fosse sério, nem poderia ser.

O tamanho e o poder da Vale lhe impunham a condição de estatal, ou então o seu porte mastodôntico teria que sofrer fracionamento, mesmo acarretando perdas de sinergia. Ela é tão poderosa quanto um governo. No Brasil, aliás, maior do que todos, exceto o governo federal, pelo controle da logística que possui em todo país (com as duas maiores ferrovias e os dois maiores portos, num acervo que excede e ignora as segmentações federativas) e a capacidade de investimento, maior do que muitos Estados somados (talvez só inferior ao de São Paulo).

Como os representantes do governo na corporação se interessam mais pelo manejo dos cordões dos benefícios e o poder de mando, a análise do significado atual da Vale, às vésperas de chegar a 70 anos de existência, se empobrecem num questionamento menor ou numa negação radical. As duas posições são inócuas porque não influem no âmago da companhia. Todos vêem o gigante que ela é, mas não se apercebem do seu dedo, onde está a sua digital.

No caso do Pará, que vai consolidando a sua condição de principal unidade produtiva dessa multinacional, a marca registrada é oriental, mas especialmente chinesa. Como o principal produto da Vale ainda é o minério de ferro, o Pará tem um significado especial por causa da riqueza do minério de Carajás. Não é por acaso que enquanto representa 35% das vendas totais da Vale,computando-se as suas diversas origens (Sul, Sudeste e Norte), em Carajás a participação chinesa é de 60%.

O preço médio da tonelada de minério de ferro no 3º trimestre deste ano foi de US$ 126 (contra US$ 92 no trimestre anterior), mas o melhor minério chegou a US$ 148. Quando tem mais de 62% de hematita contida, o minério tem ganho de qualidade e mais US$ 6 por cada 1% adicional de hematita. O teor do minério de Carajás é de 66%. Essa riqueza permite à Vale um ganho de US$ 21,60 por tonelada de Carajás, margem que supera o ganho do concorrente australiano (de US$15 por tonelada de frete) no mercado asiático, por sua muito maior proximidade física.

Não surpreende que este ano, se o desempenho do 3º trimestre se repetir no último período, pela primeira vez a produção de Carajás vá superar 100 milhões de toneladas, já na perspectiva dos 230 milhões previstos para 2015, o equivalente a nove meses de produção total em 2010, que é recordista. O ganho marginal da Vale pelo teor do minério de ferro de Carajás, o melhor do mundo, será de US$ 2 bilhões. Esse dinheiro todo é recolhido aos cofres da empresa, que se abarrotam. Nada é repartido com o Estado no qual essa riqueza existe, mas está sendo transferida para o outro lado do oceano em velocidade que corresponde a verdadeira sangria desatada. Mais três décadas e só nos restará chorar no fundo do buraco, no qual ficaremos.

Fonte: Lúcio Flávio Pinto, Jornal Pessoal (JP), 08.11.2010

Fonte: http://mineracaosudesteparaense.wordpress.com/

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CURÇO DE INJENHARIA Á DISTANSSIA...! Deicha qeu fasso !

deslizamento de terra?? NÃO HÁ PROBREMA


portas adequadíssimas para idosos...


Projetada para anoreticas


tubulação aparente


Novo filtro de água "EUROPA" (modelo exclusivo...só nas melhores lojas)


"tubinho", "sextavado"... grades e portas ...
Oscar Niemeyer morreria de inveja !


cagueiro coletivo ...


cuidado ! ciclomotor perigoso !


qual a utilidade de uma torneira ai?



porta para anoreticas com mais de 2 metros de altura!


seria uma guarita ?


estou em dúvida... o que está + perfeito: assentamento de tijolos ou alinhamento da viga ?


TAMBORLÂNDIA , baseada na igreja de Notre Dame.


Modelo "Trono" - cagando nas alturas...


a porta assim abre mais ...


escada rolante esmagante !


A casa de cima deve ser da sogra.


sem palavras ..

A importância da Arqueologia para uma educação SócioAmbiental Sustentável.

Vivemos hoje em uma região de mineração próspera, em que a migração humana se sobrepõe aos vestígios dos antepassados que habitavam essa região. Todos nós, emigrante de nossos vestígios, chegamos hoje em um ambiente que pouco conhecemos e pouco buscamos saber das culturas que aqui melhor o conduziam. Vivemos um caos de culturas sem um norte conciliador.
Acredito que conhecer a (pré) história dos habitantes, da Sócioambientação destes antepassados, pode nos sugerir uma construção de um futuro melhor, mais compreensivo e mais saudável. Talvez este, o conhecer da arqueologia, possa ter a chave que nos conduzirá a uma civilização mais sustentável.
Uma certeza, tenho hoje, mais do que antes, pensada a partir da realização do 1º Workshop de Arqueologia aqui em Parauapebas/Carajás, de que a história ainda não está concluída, seu ponto final ainda não foi dado.
O que aprendi: que os índios não estavam sujeitos e indefesos às intempéries naturais tanto como nos diz na escola, que muito do que conhecemos hoje como natural é na verdade socioambiental, que o carvão ajuda a estabilizar os nutrientes do solo de terra preta da Amazônia e principalmente que toda a paisagem pressupõe o sujeito que a conhece e a transforma e ao transformar também se transforma; dão-me a convicção de que a Educação Ambiental para a Sustentabilidade em conjunto com a Arqueologia têm e em muito a contribuir com o desenvolvimento humano nesta região.
O homem sofre, mais a premissa de seu sofrimento é a falta de compreensão de seu ambiente. Não dá para pensar este ambiente sem saber de onde partir e só saberemos de onde partir de soubermos onde estamos, nos situarmos no tempo do fazer humano: o antes, o durante e o depois.

Marcos André Souza Frazão
Pedagogo, Esp. em saúde e ciências socioambientais
Analista Ambiental

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um pouco de humor: Esquina Gay



Apenas uma pitada de humor.

Fonte: humortandela.com.br

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Inquilinos - Luís Fernando Veríssimo

Ninguém é responsável pelo funcionamento do mundo. Nenhum de nós precisa acordar cedo para acender as caldeiras e checar se a Terra está girando em torno do seu próprio eixo na velocidade apropriada, e em torno do Sol de modo a garantir a correta sucessão das estações. Como num prédio bem administrado, os serviços básicos do planeta são providenciados sem que se enxergue o síndico – e sem taxa de administração. Imagine se coubesse à humanidade, com sua conhecida tendência ao desleixo e à improvisação, manter a Terra na sua órbita e nos seus horários, ou se – coroando o mais delirante dos sonhos liberais – sua gerência fosse entregue a uma empresa privada, com poderes para remanejar os ventos e suprimir correntes marítimas, encurtar ou alongar dias e noites e até mudar de galáxia, conforme as conveniências de mercado, e ainda por cima sujeita a decisões catastróficas, fraudes e falência.

É verdade que, mesmo sob o atual regime impessoal, o mundo apresenta falhas na distribuição dos seus benefícios, favorecendo alguns andares do prédio metafórico e martirizando outros, tudo devido ao que só pode ser chamado de incompetência administrativa. Mas a responsabilidade não é nossa. A infra-estrutura já estava pronta quando nós chegamos. Apesar de tentativas como a construção de grandes obras que afetam o clima e redistribuem as águas, há pouco que podemos fazer para alterar as regras do seu funcionamento.

Podemos, isto sim, é colaborar na manutenção da Terra. Todos os argumentos conservacionistas e ambientalistas teriam mais força se conseguissem nos convencer de que somos inquilinos no mundo. E que temos as mesmas obrigações de qualquer inquilino, inclusive a de prestar contas por cada arranhão no fim do contrato. A escatologia cristã deveria substituir o Salvador que virá pela segunda vez para nos julgar por um Proprietário que chegará para retomar seu imóvel. E o Juízo Final, por um cuidadoso inventário em que todos os estragos que fizemos no mundo seriam contabilizados e cobrados.

– Cadê a floresta que estava aqui? – perguntaria o Proprietário. – Valia
uma fortuna.

E:

– Este rio não está como eu deixei…

E, depois de uma contagem minuciosa:

– Estão faltando cento e dezessete espécies.

A Humanidade poderia tentar negociar. Apontar as benfeitorias – monumentos, parques, áreas férteis onde outrora existiam desertos – para compensar a devastação. O Proprietário não se impressionaria.

– Para o que eu quero o Taj Mahal? Sete Quedas era muito mais bonita.

– E a catedral de Chartres? Fomos nós que construímos. Aumentou o valor do
terreno em…

– Fiquem com todas as suas catedrais, represas, cidades e shoppings. Quero
o mundo como eu o entreguei.

Não precisamos de uma mentalidade ecológica. Precisamos de uma mentalidade
de locadores. E do terror da indenização.

FONTE : Luís Fernando Verissimo (Jornal A Gazeta – 07/12/07)

Troca no comando da Vale

A troco de quê, a Veja em sua última edição especula que há uma verdadeira disputa de bastidores protagonizado pela alta cúpula do PT, articulando a substituição de Roger Agnelli no comando da Vale?

Leia a nota.
O PT listou quatro figurões do governo Lula entre as alternativas para a sucessão de Roger Agnelli, na Vale: o deputado Antonio Palocci, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. A cúpula do partido acredita que a presidente eleita Dilma Rousseff é o maior obstáculo para que Palocci assuma o cargo - ela pode mantê-lo em Brasília. Mantega e Coutinho estão na mesma situação. Enquanto isso, Bendine faz gestões com políticos do PT mineiro. Espera contar também com o apoio do presidente da Previ e do conselho da Vale, Ricardo Flores, seu antigo colega de diretoria do BB.

Esperamos que não esteja em curso um "Vale Tudo do PT".

Fonte: blogdovalmutran

Zumbi dos Palmares


Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência anti-escravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.

O nome Palmares foi dado pelos portugueses, devido ao grande número de palmeiras encontradas na região da Serra da Barriga, ao sul da capitania de Pernambuco, hoje estado de Alagoas. Os que lá viviam chamavam o quilombo de Angola Janga (Angola Pequena). Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.

O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de vinte mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era parecido com a Terra Prometida, e Zumbi, era tido como eterno e imortal, e era reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se cerca de onze povoados. A capital, era Macaco, na Serra da Barriga.

A Domingos Jorge Velho, um bandeirante paulista, vulto de triste lembrança da história do Brasil, foi atribuído a tarefa de destruir Palmares. Para o domínio colonial, aniquilar Palmares era mais que um imperativo atribuído, era uma questão de honra. Em 1694, com uma legião de 9.000 homens, armados com canhões, Domingos Jorge Velho começou a empreitada que levaria à derrota de Macaco, principal povoado de Palmares. Segundo Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”.

O Quilombo dos Palmares foi defendido no século XVII durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cilada Verbal


(Tela de Varatojo)
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Há vários modos de matar um homem:

com o tiro, a fome, a espada
ou com a palavra

– envenenada.
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Não é preciso força.

Basta que a boca solte
a frase engatilhada
e o outro morre
– na sintaxe da emboscada.

PEDIDO DE DESCULPAS

Peço desculpas a todos pela ausença! Até o google já estava querendo me eliminar, foi uma dificuldade reaver a conta.

Ogradecimento especial ao amigo Alvaro que não me deixa esquecer que a cultura humana é mais importante que o capitalismo. Meus sinceros agradecimentos

José Salamargo nunca morrerá...


Tela de Leonid Afremov

Frases selecionadas de José Saramago:
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“Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros, e que para a maioria, é só um dia mais”
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“Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia”.
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“Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem idéias, não vamos a parte nenhuma”.
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Pergunta digna do ENEM


Se 73% da madeira extraída das florestas do Pará é ilegal (Extração ilegal de madeira cai 75% no Pará) e se 80% da madeira dos Planos de Manejo aprovados na Secretaria de Meio Ambiente desse estado é fraudada (PF prende acusados de fraudes ambientais no Pará), quantos % da madeira paraense é legal?

a) [ ] 171%
b) [ ] 5,4%
c) [ ] 2/2¹²¹²¹²¹%
d) [ ] nada (faltou fiscalizar o resto)
e) [ ] toda (faltou subornar o resto)

Sina-se a vontade para responder a essa pergunta...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pão e Circo dos Romanos repetido hoje no Brasil

Pão e circo, foi a estratégia dos imperadores romanos para manterem o povão entretido e esquecer os graves problemas da injustiça social que crescia no império. No Brasil hoje, se repete semelhante estratégia com diferentes disfarces.

Há pouco terminou o período do carnaval, financiado em boa parte pelos poderes públicos. Logo em seguida, veio a semana santa e terminada esta, começou o período da Copa do Mundo de futebol. O clima desde então é de copa do mundo. Muitos discutem se a escalação de jogadores feita por Dunga, foi correta ou não, se deixar de fora patos e gansos foi a melhor escolha do técnico. Musiquetas, tipo aquelas da copa do tempo da ditadura do general Médici, rolam abundantemente nas emissoras. Até um gesto novo de marola está sendo ensaiado para levar todos os torcedores a imitarem como boiada no campo. Esta está sendo promovida espertamente como propaganda comercial de uma empresa transnacional. Assim, durante os jogos da seleção brasileira de vez em quando, certamente a multidão de patriotas se levantará com os braços para cima e ainda gritando uníssonos – Hah!! E outros lembram de comprar o produto da multinacional dona da marola.

Depois da copa do mundo virão logo, logo, os campeonatos brasileiro, série A, B, C, D. Na Amazônia virão os carnavais de bois de Parintins, no Amazonas e do Sairé de Alter-do-Chão, no Pará. Em seguida virão dois eventos, um circense e outro religioso devocional. O primeiro são as eleições nacionais e o outro, a grande festa do Círio de Nazaré, em Belém, que arrastará multidões impressionantes às ruas da cidade.

O outro, o circense, as eleições, que também antecipou o período estando já desde agora em clima de disputa entre dois malabaristas do grande circo em busca da cadeira de presidente da República. Há outros candidatos, mais para figurantes de cena. Os dois principais se apresentam como se houvesse apenas lugar para um dos dois. Ambos se desdobram em malabarismos para impressionar a platéia que desta vez, está fria por já conhecer os truques do circo.

Nos estados, principalmente na Amazônia, o circo é tão pobre que não tem nem lona para cobrir a platéia, nem proteção para o salto mortal no trapézio. Os candidatos vão para o salto literalmente mortal, só o mais ladino sobreviverá. Falta carisma, seriedade, confiança nos eleitores(as) da região. Tanto faz quem ganhar ou perder, não há motivo para aplausos. Inclusive vários dos candidatos a cargos eletivos têm uma folha corrida de disputar com narcotraficantes, são os ficha suja, que tentam se reeleger para escapar da degola definitiva, segurando-se na imunidade parlamentar, uma das indecências da política brasileira.

É verdade que a nova lei da ficha limpa estará no seu encalço e eles e elas terão que ter mais “prudência” em suas falcatruas, se eleitos. Isto é o circo de hoje.

E o pão oferecido às multidões? Aí estão os vários pratinhos: Bolsa família, que deveria ser apenas o início do plano Fome Zero, que se executado seriamente tiraria maior parte dos pobres da miséria; aí estão os micro créditos argolando aposentados e pensionistas do INSS; aí está o esperançoso programa Minha Casa minha Vida, que chega justamente agora em véspera das eleições nacionais. Isto além de outras pequenas benfeitorias, que entretêm a população e fazem subir o índice de popularidade de alguns.

Ao grande capital o “império” brasileiro oferece a bandeja cheia de queijo e caviar. Até quando pão e circo vão manter a turba calma é o que se pergunta. Roma teve seu dia em que o pão e o circo não foram suficientes.

* Pároco diocesano e Coordenador da Rádio Rural AM de Santarém. Editorial da Rede de Notícias da Amazônia de 24 de maio de 2010.

2ª Carta de Manoel da Conceição ao Companheiro Presidente Lula

Sra. Dilma Rousseff – Pré Candidata do PT à Presidência da República

Executiva Nacional do PT

Diretório Nacional do PT

Nobre companheiro presidente Lula,

É com a ternura, o carinho e o amor de um irmão, a confiança, o respeito e o compromisso de um companheiro de classe, das organizações e lutas históricas dos trabalhadores e das trabalhadoras desse país e do mundo que me sinto com a liberdade e o direito de lhe enviar esta 2ª carta, tratando de questões que compreendo ter muito a ver com a responsabilidade do companheiro tanto como agente político das lutas em prol da justiça social para a classe trabalhadora como também na qualidade de um primeiro presidente da república legitimamente forjado nas organizações e lutas desse povo excluído, sofrido, mas que é capaz de realizar o impossível enquanto força social e política organizada e consciente do seu projeto de libertação classista.

Dirijo-me ao companheiro com a minha identidade de trabalhador rural, de sindicalista, de ambientalista, de humanista e de militante e fundador do Partido dos Trabalhadores, o qual comecei a sonhar e trabalhar na sua criação quando ainda me encontrava no exílio, juntamente com honrados e honradas companheiros e companheiras que havíamos sido banidos do nosso país pela intolerância de um governo totalitário e de regime militar.

Porém, minha identidade social, política e classista se origina bem antes da criação do PT e da CUT, instrumentos classistas dos quais me orgulho de ter sido co-fundador, juntamente com o companheiro e um conjunto de honrado(a)s e legítimo(a)s militantes e intelectuais orgânicos da classe trabalhadora.

Na realidade companheiro Lula minha história de luta social e política se originou aqui mesmo no Maranhão, estado do qual sou filho natural com minha matriz étnica negra e indígena.

Agora em julho de 2010 completarei 75 anos de idade. Quando eu era ainda jovem vi meu pai e muitas famílias agricultoras serem massacradas e enxotadas de suas posses por latifundiários, coronéis e jagunços, acobertados e protegidos por um governo oligárquico. Certa vez presenciei um grande massacre de companheiros meus quando estávamos reunidos em uma pequena comunidade rural do interior do Maranhão. Neste dia fomos atacados de forma covarde por um grupo de soldados e jagunços, que sem a menor chance de defesa assassinaram 5 pessoas, dentre elas uma criança que correu prá abraçar o pai caído no chão e foi pego pelas pernas e arremessado contra a parede que a cabeça abriu espalhando os seus miolos, também uma velhinha, que tentou impedir a morte do filho foi cravada de punhal em suas costas, ficando rodando no chão espetada. Eu escapei por puro milagre com um tiro na perna, mas me tornei mais revoltado ainda com a classe latifundiária e jurei perante a comunidade a lutar o resto de minha vida contra os latifundiários e suas injustiças.

Presenciei um segundo massacre em 1959 quando estávamos novamente reunidos em uma comunidade por nome Pirapemas para preparar a defesa de uns companheiros que estavam sendo acusados de ter invadido uma propriedade e roubado umas frutas do sítio. Neste dia chegou um grupo de uns 20 policiais, soldados, tenente, cabos e um sargento. Ao chegarem ao local da reunião o sargento perguntou quem era o presidente da associação, e como foi respondido que não havia presidente o sargento falou: pois então todos são presidentes e vão levar bala. Neste dia foram assassinados sete companheiros e três outros ficaram gravemente feridos.

Minha primeira motivação para a luta era sustentada em pura revolta, ódio dos exploradores da minha família e das famílias camponesas da mesma região que habitávamos. Sem a menor consciência política e dominado pelo ódio eu cheguei a acreditar que a libertação dos trabalhadores de tal estado de sujeição dependeria de um salvador da pátria, de um homem corajoso, de um herói que com o apoio eleitoral dos oprimidos iria por fim a tal dominação. A partir desse entendimento extremamente limitado e de um profundo sentimento de revolta pela violência testemunhada e sofrida, vi surgir na minha ingenuidade uma esperança para salvar a massa camponesa do jugo dos latifundiários apadrinhados pelo poder da oligarquia viturinista que comandava o estado do Maranhão. O nome dessa esperança era José Sarney.

Com um discurso muito bem elaborado e com a radicalidade de um revolucionário Sarney prometia exatamente o que nós camponeses queríamos ouvir: um Maranhão novo e livre de oligarquia, reforma agrária, punição dos crimes cometidos contra as famílias camponesas e indenização dos prejuízos a elas causados pelo gado dos fazendeiros. Eu acreditei no discurso do cidadão e me tornei um aguerrido cabo eleitoral, andando a cavalo em todas as comunidades da região fazendo sua campanha. Resultado, com uma grande adesão popular, elegemos o José Sarney em 1965 para ser o governador do Maranhão. Nessa época eu já era presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Pindaré Mirim, que congregava trabalhadores rurais de toda a grande região do Pindaré. Mesmo sem ainda ter uma sólida consciência de classe eu já havia sido preso e espancado severamente pela polícia da ditadura militar. Foi por conta dessa perseguição que eu passei a acreditar nas promessas do Sarney que caso fosse eleito iria ser uma força aliada dos trabalhadores contra a repressão da ditadura militar.

No dia 13 de julho de 1968 o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Pindaré Mirim havia convocado uma reunião da categoria para receber a visita de um médico para tratar questões relacionadas à saúde dos associados e associadas. O Prefeito do município na época mandou informar que iria fazer uma visita ao sindicato neste mesmo dia. Por volta das 10 horas da manhã chegou um pessoal dizendo que queria falar com o presidente do sindicato. Quando eu apontei na porta fui recebido por tiro de fuzil que estraçalhou minha perna. A ação e os disparos foram efetuados pela polícia militar. Outros companheiros também foram atingidos por bala, mas felizmente não houve morte. Eu fui levado aprisionado e jogado na cadeia sem receber nenhum tratamento no ferimento, o que levou minha perna a gangrenar e ter que ser amputada.

Sarney se encontrava em viagem para o Japão e quando retornou manifestou desconhecimento da questão e mandou seus assessores manter contato comigo, oferecendo apoio para a minha família, uma perna mecânica, uma casa e outras ofertas, desde que eu me tornasse um defensor do seu governo. Eu respondi que não estava preso por ser bandido, que minha perna tinha sido arrancada por bala da própria polícia militar do estado sob seu governo. Portanto, minha perna era responsabilidade da classe que eu representava, minha perna era a minha classe. Desde então eu passei a ser considerado um inimigo do Estado militar, passando a ser alvo de permanente perseguição. Fui preso 9 vezes e submetido às piores torturas que um ser humano é capaz de suportar. Vi muitos de meus companheiros e companheiras serem torturados e morto(a)s por ordem do governo militar do qual Sarney se tornou parte num primeiro momento como governador do Maranhão e posteriormente como Senador Biônico.

Vale ressaltar que foi no primeiro governo da nascente oligarquia Sarney, que foi promulgada a Lei Estadual 2.979, regulamentada pelo Decreto 4.028 de 28 de novembro de 1969, a qual facultava a venda de terras devolutas sem licitação a grupos organizados em sociedade anônima. Essa lei foi o maior instrumento de legalização da grilagem das terras do Maranhão, particularmente na região do Pindaré (ASSELIN, 1982, p. 129). Essa grilagem promoveu a expulsão das famílias agricultoras de suas posses e a migração de milhares de famílias camponesas maranhenses para outros estados.

Eu escapei com vida, embora mutilado e com seqüelas físicas e psicológicas profundas, por conta da solidariedade da anistia internacional, das igrejas católicas e evangélicas, da AP como principal mobilizadora dos apoios e até do Partido Comunista do Brasil que na ocasião fez uma ampla campanha internacional pela preservação da minha vida.

Finalmente, fui exilado na Suiça de onde continuei denunciando as atrocidades da ditadura militar nas oportunidades que tive de viajar por vários países europeus. Foi também no exílio juntamente com companheiros refugiados que começamos a discutir a idéia já em discussão no Brasil de criação do Partido dos Trabalhadores e também de uma central sindical.

Meu companheiro Lula, hoje vivemos um novo momento na história do Brasil; aquelas lutas dos anos 50, 60, 70, 80 e 90 não foram em vão; tivemos prejuízos enormes, pois muitas vidas foram ceifadas pela virulência dos detentores do poder do capital; porém, temos um saldo expressivo de vitórias; hoje temos um partido que se tornou a maior expressão política da classe trabalhadora na América Latina; temos o melhor presidente da história desse gigantesco país, que ironicamente é um trabalhador operário e nordestino, que assim como eu quase não teve acesso a estudos escolares. Eu confesso a você que sinto um imenso orgulho de ter participado desde os primeiros momentos da construção dessa grandiosa e ousada empreitada. Porém, companheiro presidente, ultimamente eu tenho vivido as maiores angustias que um homem com minha trajetória de vida é capaz de imaginar e suportar.

Receber a imposição de uma tese defendida pela Direção Nacional do meu partido e até onde me foi informado pelo próprio companheiro presidente de que o nosso projeto político e social passa agora pelo fortalecimento da hegemonia da oligarquia sarneysta no Maranhão. Eu sei do malabarismo que o companheiro presidente tem precisado fazer para garantir alguma condição de governabilidade, porém, sei do alto custo que é cobrado por esses apoios conjunturais, e que nosso governo vem pagando a todos esses ônus.

Companheiro, tudo precisa ter algum limite e tal limite é a nossa dignidade. O que está sendo imposto a nós petistas do Maranhão extrapola todos os limites da tolerância e fere de morte a nossa honra e a nossa história. Eu pessoalmente, há mais de 50 anos venho travando uma luta contra os poderes oligárquicos e contra os exploradores da classe trabalhadora neste país. Por conta disso perdi dezenas de companheiros e companheiras que foram barbaramente trucidados por essas forças reacionárias. Como que agora meus próprios companheiros de partido querem me obrigar a fazer a defesa dessas figuras que me torturaram e mataram meus mais fieis companheiros e companheiras.

Vocês podem ter certeza que essa é a pior de todas as torturas que se pode impor a um homem. Uma tortura que parte dos próprios companheiros que ajudamos a fortalecer e projetar como nossos representantes no partido e na esfera de poder do Estado, na perspectiva de um projeto estratégico da classe trabalhadora. Estou falando do fundo de minha alma em honra à minha história e à de meus companheiros e companheiras que foram assassinadas pelas forças oligárquicas e de extrema direita neste país.

Estou animado para fazer a campanha da companheira Dilma, assim como para fazer uma aguerrida campanha política em prol do fortalecimento do PT no Maranhão e para construir um projeto político alternativo à oligarquia sarneysta, juntamente com os partido do campo democrático e popular na Coligação PT, PCdoB e PSB. Esta foi a tática vitoriosa em nosso encontro estadual realizado nos dias 26 e 27 de março, que aprovou por maioria de votos, da forma mais transparente possível e cumprindo todos os preceitos legais o nome do companheiro Flávio Dino para candidato dessa aliança legitimamente de esquerda e respaldada pelas mais expressivas organizações da classe trabalhadora deste estado que publicamente se manifestaram, a exemplo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – FETAEMA e a CUT.

Assim, penso que Estamos sendo coerentes com a nossa história e identidade classista. Portanto, estou fazendo este apelo ao mais ilustre companheiro de partido e confessando em alto e bom som que não aceitarei sob nenhuma hipótese a tese de que nestas alturas de minha vida eu tenha que negar minha identidade e desonrar a memória de meus companheiros e companheiras que foram caçados e exterminados pela oligarquia e os detentores do capital no Maranhão, no Brasil e mundo inteiro.

Lamento e peço desculpas se este meu posicionamento desagrada o companheiro e a Direção Nacional do PT, mas não posso me omitir diante de uma tese destruidora de nossa identidade coletiva e que representa a negação de tudo que temos afirmado nas nossas palavras e ações. Espero poder contar com a solidariedade e compreensão do meu histórico companheiro de utopias e lutas.

Atenciosamente,
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Manoel Conceição Santos – Membro Fundador do PT e primeiro Secretário Agrário Nacional
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Data: Quinta-feira, Junho 10, 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

Sacanagens da Natureza







Nós que temos a Cabeça Poluida ou será que a natureza é que é perfeita?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nós, indigenas do Xingú, não queremos Belo Monte.

Por Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó Yakareti Juruna

Nós, indígenas do Xingu, estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, mas lutamos também pelo futuro do mundo

O presidente Lula disse na semana passada que ele se preocupa com os índios e com a Amazônia, e que não quer ONGs internacionais falando contra Belo Monte. Nós não somos ONGs internacionais.

Nós, 62 lideranças indígenas das aldeias Bacajá, Mrotidjam, Kararaô, Terra-Wanga, Boa Vista Km 17, Tukamã, Kapoto, Moikarako, Aykre, Kiketrum, Potikro, Tukaia, Mentutire, Omekrankum, Cakamkubem e Pokaimone, já sofremos muitas invasões e ameaças. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, nós índios já estávamos aqui e muitos morreram e perderam enormes territórios, perdemos muitos dos direitos que tínhamos, muitos perderam parte de suas culturas e outros povos sumiram completamente. Nosso açougue é o mato, nosso mercado é o rio. Não queremos mais que mexam nos rios do Xingu e nem ameacem mais nossas aldeias e nossas crianças, que vão crescer com nossa cultura.

Não aceitamos a hidrelétrica de Belo Monte porque entendemos que a usina só vai trazer mais destruição para nossa região. Não estamos pensando só no local onde querem construir a barragem, mas em toda a destruição que a barragem pode trazer no futuro: mais empresas, mais fazendas, mais invasões de terra, mais conflitos e mais barragem depois. Do jeito que o homem branco está fazendo, tudo será destruído muito rápido. Nós perguntamos: o que mais o governo quer? Pra que mais energia com tanta destruição?

Já fizemos muitas reuniões e grandes encontros contra Belo Monte, como em 1989 e 2008 em Altamira-PA, e em 2009 na Aldeia Piaraçu, nas quais muitas das lideranças daqui estiveram presentes. Já falamos pessoalmente para o presidente Lula que não queremos essa barragem, e ele nos prometeu que essa usina não seria enfiada goela abaixo. Já falamos também com a Eletronorte e Eletrobrás, com a Funai e com o Ibama. Já alertamos o governo que se essa barragem acontecer, vai ter guerra. O Governo não entendeu nosso recado e desafiou os povos indígenas de novo, falando que vai construir a barragem de qualquer jeito. Quando o presidente Lula fala isso, mostra que pouco está se importando com o que os povos indígenas falam, e que não conhece os nossos direitos. Um exemplo dessa falta de respeito é marcar o leilão de Belo Monte na semana dos povos indígenas.

Por isso nós, povos indígenas da região do Xingu, convidamos de novo o James Cameron e sua equipe, representantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre (como o movimento de mulheres, ISA e CIMI, Amazon Watch e outras organizações). Queremos que nos ajudem a levar o nosso recado para o mundo inteiro e para os brasileiros, que ainda não conhecem e que não sabem o que está acontecendo no Xingu. Fizemos esse convite porque vemos que tem gente de muitos lugares do Brasil e estrangeiros que querem ajudar a proteger os povos indígenas e os territórios de nossos povos. Essas pessoas são muito bem-vindas entre nós.

Nós estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, pelas nossas florestas, pelos nossos rios, pelos nossos filhos e em honra aos nossos antepassados. Lutamos também pelo futuro do mundo, pois sabemos que essas florestas trazem benefícios não só para os índios, mas para o povo do Brasil e do mundo inteiro. Sabemos também que sem essas florestas, muitos povos irão sofrer muito mais, pois já estão sofrendo com o que já foi destruído até agora. Pois tudo está ligado, como o sangue que une uma família.

O mundo tem que saber o que está acontecendo aqui, perceber que destruindo as florestas e povos indígenas, estarão destruindo o mundo inteiro. Por isso não queremos Belo Monte. Belo Monte representa a destruição de nosso povo.

Para encerrar, dizemos que estamos prontos, fortes, duros para lutar, e lembramos de um pedaço de uma carta que um parente indígena americano falou para o presidente deles muito tempo atrás: " Só quando o homem branco destruir a floresta, matar todos os peixes, matar todos os animais e acabar com todos os rios, é que vão perceber que ninguém come dinheiro " .
Postado por Cândido

terça-feira, 30 de março de 2010

Minha Casa, Minha Luta!




Movimentos sociais de luta por moradia indicam que o programa do governo Lula “Minha casa, minha vida” não passa de propaganda eleitoral. A “Frente Nacional de Resistência Urbana” formada por diversos movimentos e organizações populares de vários estados do país, adotaram outro lema: “Minha casa, Minha luta”. A “Frente” atua com os setores mais pobres do país, que foram excluídos do programa.
Nesta madrugada de sexta-feira, dia 26 de março de 2010, cerca de 200 famílias ocuparam uma área de aproximadamente 15 mil metros quadrados, em Belo Horizonte, na Região do Vale do Jatobá. A área, adquirida pelo Banco Rural na execução de uma dívida, era de domínio público e foi repassada a uma empresa particular pela CODEMIG, em 2001, para que fosse realizado empreendimento industrial no local no prazo máximo de 20 meses, o que jamais foi feito. Ao todo, são décadas de total abandono e descumprimento da função social da propriedade.


Hoje, a Tropa de Choque esteve na área e um ocupante foi preso sem mandado judicial. A polícia tenta promover a retirada das famílias, mesmo sem ordem judicial.

Educação Tucana: Repressão e sucateamento



A repressão promovida pela Polícia Militar ontem contra os professores estaduais em greve não desanimou a categoria. Apesar de inúmeros feridos por cassetetes, bombas de gás e tiros de borracha, a maioria mulheres presentes na manifestação de ontem, a categoria votou pela continuidade da greve.


A forte repressão de ontem indica que o governo estadual tucano irá reforça a a tática de criminalização do movimento para desmontar a greve que está crescendo e ganhando apoio popular. Conta para isso com o apoio da grande mídia, com desvirtuamento da luta dos professores.


Há duas semanas o pré-candidato do PSDB vem se encontrando com manifestações grevistas em várias inaugurações pelo estado de São Paulo, muitas delas de obras inexistentes ou inacabadas. Nestas manifestações, os professores eixgem a abertura da mesa de negociação e da pauta de reivindicações, quase sempre sendo respondidas com agressões e infiltrações de agentes provocadores.


O mesmo governo que usa as leis de segurança pública contra os professores é o mesmo que não viabiliza material pedagógico, estrutura física e de pessoal e formação. Serra também não cumpre a data base que o próprio PSDB sancionou desde a sua promulgação.


Os professores estão com defasagem salarial há dez anos com quebra do poder de compra em mais de 25% nos últimos governos tucanos.Mas, a situação de precariedade é ainda maior. Para os professores do Coletivo da Conlutas de Lorena, “nossas escolas encontram-se em estado de calamidade pois com a aprovação automática dos alunos imposta por lei federal e estadual, não temos autonomia pedagógica para aferir resultados da aprendizagem. Mas somos cobrados de tais resultados em avaliações de desempenho que condicionam nossos salários a resultados positivos desde o ponto de vista do governo.”

quarta-feira, 24 de março de 2010

ANP impedida de licitar blocos de exploração de petróleo na região de Abrolhos


Brasil — Decisão da Justiça Federal, divulgada hoje, impede a Agência Nacional de Petróleo (ANP) de licitar blocos exploratórios de petróleo e gás que estejam em um raio de 50 Km no entorno do Parque Nacional Marinho de Abrolhos e adjacências, no Sul da Bahia.

Criado em 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos está sendo ameaçado pela tentativa da ANP de expandir a exploração de gás e óleo em seu entorno"Além da importância do Banco dos Abrolhos para a biodiversidade, estamos falando aqui do maior vetor do aquecimento global: a exploração de petróleo", afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace Brasil.


A notícia é boa, mas não é definitiva. Ainda cabe recurso da decisão da Justiça Federal. Em 2009 o Greenpeace realizou uma série de protestos em Abrolhos, pedindo a criação da Zona de Amortecimento (ZA) com 95 mil quilômetros quadrados para proteger o Parque Marinho e ajudar a manter a capacidade dos oceanos de atuarem como reguladores climáticos. “Essa Zona ainda não foi regulamentada e, apesar da determinação de hoje amenizar o problema, isso ainda não é a solução”, comenta Leandra.


A decisão da Justiça teve origem em uma ação proposta pelo procurador da República Danilo Dias, baseado em um estudo da ONG Conservação Internacional do Brasil. O documento, elaborado por especialistas de diversas áreas, concluiu pela zona de exclusão de 50 km, além de listar 153 impactos negativos sobre distintos grupos de organismos, ecossistemas e meio sócio-econômico das regiões afetadas nas três fases que compõem a exploração de petróleo.


A região tem a maior biodiversidade do Atlântico Sul, com um mosaico de ambientes marinhos e costeiros margeados por remanescentes de Mata Atlântica, incluindo recifes de coral, fundos de algas, manguezais, praias e restingas. Lá podem ser encontradas várias espécies endêmicas (que só existem na região), incluindo o coral-cérebro, crustáceos e moluscos, além de tartarugas e mamíferos marinhos ameaçados, como as baleias jubarte.

Fonte: Greenpace

Nestlé financia destruição de floresta e põe orangotangos no rumo da extinção


Esta manhã, protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas.

A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da Indonésia para produzir chocolates como o Kit kat, foi o alvo das manifestações no continente europeu, parte de uma campanha global que o Greenpeace lança hoje contra a companhia. A Nestlé por enquanto continua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam a destruição das florestas tropicias.

Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e empurrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contribuindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera.

Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destruição de área antes ocupada por florestas na Indonésia.

Fonte: Greenpeace

Água Pública para um Mundo Justo!


O dia 22 de Março foi instituído pelas Nações Unidas em 1993 como Dia Mundial da Água, decorrendo este ano sob o lema “Água Limpa, para um Mundo Saudável”.

Acredito que dia da água é todo dia.

Essa semana estamos sendo informados de diversas denúnicas sobre a qulaidade da água no planeta. É comunidade ribeirinha que não pode consumir água do rio (um absurdo), é ong's que distribuem água potável (a obrigação é do governo, grandes empresas poluindo o ambiente especialmente o hidrico (e quando surge essas denúncias é porque outras tantas já aconteceram, mas não se sabe e/ou não se divulga).

Façamos da água um ano de lutas em favor do ambiente terrestre, em favor da vida!

Funcionários VALE estão de greve em Canadá


A mineradora brasileira Vale está se preparando para acabar com a greve em suas minas de níquel e cobre no Canadá fazendo com que trabalhadores temporários furem o piquete que interrompeu a produção nos últimos oito meses.

A anúncio feito no fim de semana provocou uma resposta irritada por parte dos líderes do sindicato United Steelworkers, que tem mais de 3.100 membros em greve nas fábricas da Vale Inco em Sudburry, Ontário, e numa refinaria próxima a Niagara Falls.

“Sudbury é um barril de pólvora”, disse Wayne Fraser, representante do sindicato. “Estamos de fato preocupados com o que pode acontecer, e a polícia também está. As pessoas ficarão incontroláveis. Elas não permitirão que trabalhadores temporários furem o piquete.”

E acrescentou: “A Vale pode ir para o inferno. Estamos cansados de capitalistas estrangeiros que vêm aqui destruir o estilo de vida canadense.”

A Vale disse que já retomou parte das operações com 1.200 trabalhadores que não estão em greve e que usaria os funcionários existentes e trabalhadores temporários para voltar à produção total até o final do segundo trimestre.

A companhia disse que ainda não definiu a data em que os primeiros trabalhadores temporários serão chamados, uma vez que os planos ainda estão sendo elaborados.

“A intenção não é parar a greve e não é esta a mensagem que queremos mandar para o sindicato”, disse um assessor de imprensa em Sudbury.

“Queremos que nossos funcionários voltem ao trabalho. Mas é verdade que até agora nunca havíamos produzido durante uma greve. Precisamos assegurar que nossas operações tenham um futuro a longo prazo e precisamos ir em frente.”

As relações entre a companhia e o sindicato ficaram ainda piores durante a greve, cujo principal motivo foi uma proposta da Vale para alterar o atual sistema de bônus baseado no preço do níquel e mudar os planos de aposentadoria dos funcionários.

O sindicato acusou a Vale de mentir para seus funcionários e acionistas no fim de semana, enquanto a Vale disse que a liderança do sindicato havia sistematicamente interpretado mal suas ofertas aos empregados.

Fonte: IUH/Uol

Hoje: por candido neto.

A tentativa da multinacional Vale de acabar com a greve dos mineradores da Inco, seu braço na exploração de níquel no Canadá, não está logrando êxito.

Amanhã,
uma passeata planejada por sindicatos em apoio a 3.200 grevistas em quatro unidades da Vale Inco, promete abalar a cidade de Sudbury (centro-sul do Canadá)

Leia ainda aqui no blog:
Operários da Vale no Canadá estão em greve há sete meses


“Vale” usará temporários para tentar acabar com greve de mineradores canadenses

ANDES-SN, Conlutas e trabalhadores da Vale se reúnem na Embaixada do Canadá

quinta-feira, 11 de março de 2010

Justiça do trabalho condena Vale a pagar 300 milhões


A Vara do Trabalho de Parauapebas, no Pará, condenou nesta quarta-feira(10) a Vale a pagar R$ 100 milhões por danos morais coletivos e mais R$ 200 milhões por dumping social. O juiz Jônatas Andrade acatou ação do procurador José Adilson Pereira da Costa do Ministério Público do Trabalho contra a empresa por considerar que a gigante da mineração estava lucrando indevidamente sobre a exploração indevida de seus empregados e prestadores de serviço na região da província mineral de Carajás. Cabe recurso.

Em resumo: os trabalhadores diretamente contratados pela Vale ou por empresas que prestam serviço a ela gastam um mínimo de duas horas de deslocamento para ir e voltar às minas, valor este que não era remunerado ou descontado da jornada. A Justiça do Trabalho entendeu que a empresa deve considerar as horas in itinere e remunerá-las, respeitando o limite máximo da jornada diária de trabalho legal.

A situação de transporte para as minas de Carajás é diferente do que acontece em regiões urbanas. Não há transporte público regular disponível, a movimentação é restrita e o local de trabalho tem difícil acesso. Ou seja, o trabalhador é dependente da empresa para ir e chegar. Diz o artigo 58 da Consolidação das Leis do Trabalho: “o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução”. Este é o caso da situação descrita na sentença.

O que é confirmado pela Súmula nº 90 da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho: “O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho”.

A condenação por danos morais e por dumping social ficou a cargo da Vale e não das terceirizadas. De acordo com o juiz, a empresa determinada suas prestadoras de serviço a não computarem as horas para não prejudicar a interpretação da legislação feita pela companhia. “A construção do artifício de fraude foi comandada pela Vale, inclusive para o não pagamento dos direitos trabalhistas”, afirmou Jônatas a este blog.

Com isso a Vale teria economizado um valor superior a R$ 200 milhões nos últimos cinco anos, praticando concorrência desleal em detrimento da qualidade de vida dos seus empregados. Esse valor decorrente de dumping social deverá ser depositado no Fundo de Amparo ao Trabalhador como reparação à sociedade e ao mercado. Os R$ 100 milhões relativos ao dano moral coletivo, segundo a sentença, terão que ser revertidos à própria comunidade afetada (o que inclui todos os municípios da província mineral de Carajás e não apenas Parauapebas) através de projetos derivados de políticas públicas de defesa e promoção dos direitos humanos do trabalhador.

A Vale está proibida de impedir que as empresas terceirizadas incluam as horas nas planilhas de custo e terá que remunerar e computar essas horas para todos os efeitos legais. A decisão também será remetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

terça-feira, 9 de março de 2010

Amigo da Onça II

Tanta riqueza produzida...



Mas nem tudo é para todos!!!


O que está errado?

Relatório confirma Brasil como 3° maior exportador de alimentos do mundo

Relatório confirma Brasil como 3° maior exportador de alimentos do mundo
Publicado por Val-André Mutran as Domingo, Março 07, 2010
Deu em o estado de s.paulo
Brasil se torna o terceiro maior exportador agrícola

País já havia deixado Austrália e China para trás, e agora só tem pela frente os Estados Unidos e a União Europeia
O Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo. Na última década, o País já havia deixado para trás Austrália e China. Hoje, apenas Estados Unidos e União Europeia vendem mais alimentos no planeta que os agricultores e pecuaristas brasileiros.

Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC), divulgados este ano, apontam que o Brasil exportou US$ 61,4 bilhões em produtos agropecuários em 2008, comparado com US$ 54 bilhões do Canadá. Em 2007, os canadenses mantinham estreita vantagem, com vendas de US$ 48,7 bilhões, ante US$ 48,3 bilhões do Brasil.

O ritmo de crescimento da produção brasileira de alimentos já deixava claro que a virada estava prestes a ocorrer. Entre 2000 e 2008, as exportações agrícolas do Brasil cresceram 18,6%, em média, por ano, acima dos 6,3% do Canadá, 6% da Austrália, 8,4% dos Estados Unidos e 11,4% da União Europeia. Em 2000, o País ocupava o sexto lugar no ranking dos exportadores agrícolas.

Uma série de fatores garantiu o avanço da agricultura brasileira nos últimos anos: recursos naturais (solo, água e luz) abundantes, diversidade de produtos, um câmbio relativamente favorável até 2006 (depois a valorização do real prejudicou a rentabilidade), o aumento da demanda dos países asiáticos e o crescimento da produtividade das lavouras. Leia mais em:

Brasil supera Canadá e se torna o terceiro maior exportador agrícola

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Disputa em Brasilia pela Comissão de meio ambiente na cãmara federal


Deputados das bancadas ruralista e ambientalista disputam de forma acirrada o comando da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. Reservado ao Democratas por critérios internos de divisão na Casa, o cargo terá peso político em um ano que deve guindar as questões ambientais ao centro da campanha presidencial. Além disso, a comissão terá influência direta em eventuais alterações das leis ambientais.

Maioria na estratégica comissão, os ruralistas trabalham nos bastidores para emplacar o deputado mineiro Marcos Montes (DEM) no cargo. Parlamentar em primeiro mandato, o médico tem ligações com a pecuária do Triângulo Mineiro e já comandou a Comissão de Agricultura em 2007. Montes também foi vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente no ano passado. Ele tornou-se adversário de ONGs ambientalistas ao relatar um projeto de lei que anistiaria desmatamentos irregulares realizados até 2001 e permitiria a recuperação florestal com 'espécies exóticas' na Amazônia.

Líder da Frente Ambientalista, o deputado Sarney Filho (PV-MA) afirma haver acordos políticos firmados com os principais partidos para evitar a influência decisiva de ruralistas na comissão.

Em 2009, os ruralistas mudaram a estratégia de isolamento e passaram a ocupar espaços políticos na Comissão de Meio Ambiente. "Eles têm maioria, mas houve uma mudança. Falamos com PSDB, PT e DEM e os entendimentos são para que não mandem ruralistas para lá", diz o deputado. "Vamos cobrar responsabilidade desses partidos grandes que pregam proteção ambiental, mas que querem mudar o Código Florestal. Vamos denunciar isso", promete Sarney Filho.

Em reunião com ONGs ambientalistas, parlamentares decidiram lançar um manifesto para "desmistificar" os principais pontos defendidos pelos ruralistas nos debates sobre a reforma das leis ambientais.

Fonte: jornal Valor Econômico

Um dos mandantes da morte de Dorthy Stang vai a julgamento.

O Tribunal de Justiça do Pará decidiu, nesta quinta-feira (25), agendar para 30 de abril o julgamento do fazendeiro Regivaldo Galvão (foto), um dos acusados de participar da morte da missionária Dorothy Stang. Ele é o único dos réus no processo que ainda não foi levado a júri popular e está em liberdade.

O outro fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura, também acusado de mandar matar a missionária, vai enfrentar o júri em 31 de março, pela terceira vez. Bida foi condenado num primeiro julgamento, mas absolvido no segundo júri.

Regivaldo Galvão será intimado da decisão sobre seu julgamento por meio de carta precatória (comunicação entre juízes de duas jurisdições), já que o fazendeiro está em liberdade e mora em Altamira (PA).

As forças da Natureza (Paulo César Pinheiro)


Quando o sol
Se derramar em toda a sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
Os palácios vão desabar
Sob a força de um temporal
E os ventos vão sufocar
O barulho infernal
Os homens vão se rebelar
Dessa farsa descomunal
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, lá, lá, iá
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A gozação já começou: Olimpiadas Rio 2016

Mal o Brasil ganhou o direito de sediar as olimpiadas de 2012 e já começaram as "brincadeiras" (Coloco entre aspas, pois além de ser uma brincadeira considero bem mais que isso...).