Vivemos hoje em uma região de mineração próspera, em que a migração humana se sobrepõe aos vestígios dos antepassados que habitavam essa região. Todos nós, emigrante de nossos vestígios, chegamos hoje em um ambiente que pouco conhecemos e pouco buscamos saber das culturas que aqui melhor o conduziam. Vivemos um caos de culturas sem um norte conciliador.
Acredito que conhecer a (pré) história dos habitantes, da Sócioambientação destes antepassados, pode nos sugerir uma construção de um futuro melhor, mais compreensivo e mais saudável. Talvez este, o conhecer da arqueologia, possa ter a chave que nos conduzirá a uma civilização mais sustentável.
Uma certeza, tenho hoje, mais do que antes, pensada a partir da realização do 1º Workshop de Arqueologia aqui em Parauapebas/Carajás, de que a história ainda não está concluída, seu ponto final ainda não foi dado.
O que aprendi: que os índios não estavam sujeitos e indefesos às intempéries naturais tanto como nos diz na escola, que muito do que conhecemos hoje como natural é na verdade socioambiental, que o carvão ajuda a estabilizar os nutrientes do solo de terra preta da Amazônia e principalmente que toda a paisagem pressupõe o sujeito que a conhece e a transforma e ao transformar também se transforma; dão-me a convicção de que a Educação Ambiental para a Sustentabilidade em conjunto com a Arqueologia têm e em muito a contribuir com o desenvolvimento humano nesta região.
O homem sofre, mais a premissa de seu sofrimento é a falta de compreensão de seu ambiente. Não dá para pensar este ambiente sem saber de onde partir e só saberemos de onde partir de soubermos onde estamos, nos situarmos no tempo do fazer humano: o antes, o durante e o depois.
Marcos André Souza Frazão
Pedagogo, Esp. em saúde e ciências socioambientais
Analista Ambiental
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